A suposta pirâmide financeira Binary Bit, empresa baiana que opera no mercado financeiro e que possui clientes em todo o Brasil, sofreu ameaças de investidores que se sentiram lesados ao não conseguirem recuperar o dinheiro aplicado na companhia. Eles chamaram os fundadores da empresa de “ladrões” e também protestaram nas redes sociais e no site Reclame Aqui, onde já constam 18 reclamações de clientes não respondidas. Os clientes reclamam por não terem conseguido receber os valores investidos. O fundador da empresa de Salvador Ricardo Toro confirmou ao site Bahia Notícias as ameaças sofridas, mas afirmou não ter prestado queixa na polícia.
Ricardo Toro informou que desconhecia a questão porque não era o responsável pela gestão financeira da empresa. Mesmo assim, ele contou que recebeu em sua casa, no dia 22 de outubro, os investidores para “resolver alguns problemas” e tentar acalmar a situação. Segundo ele, foi estabelecida uma estratégia junto aos clientes que estavam indignados para que o caso fosse solucionado.
“Isso gerou tumulto, polêmicas”, esclareceu.
Após o episódio, Toro declarou que já promoveu a troca do diretor das operações financeiras da Binary Bit para sanar essa questão e tentar recuperar a credibilidade dos clientes. O fundador da companhia garantiu ainda que a empresa vai funcionar bem e está disposta a resolver esses problemas.
“Quem não quiser mais participar, vai receber o capital de volta”, destacou.
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) está investigando a Binary Bit por suspeita de prática de fraudes no mercado financeiro. Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também acusa a empresa de usar indevidamente o nome do órgão para tentar transmitir credibilidade em esquemas de pirâmide financeira. O caso segue em investigação na Polícia Federal.
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A companhia Binary Bit diz realizar investimentos em Bitcoin e criptomoedas e promete lucros diários de 1,5% sobre o valor investido, um discurso comum aos esquemas ponzi.
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