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A Alameda Research, braço de investimentos da FTX, fechou um acordo para vender parte de seus investimentos na Sequoia Capital. O valor é de US$ 45 milhões, ou cerca de R$ 230 milhões, e o comprador será o fundo soberando de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
De acordo com documentos judiciais arquivados na quarta-feira (8), a venda faz parte da estratégia da FTX para enxugar seu balanço. Além disso, a empresa planeja utilizar o dinheiro para conduzir seu processo de recuperação judicial.
No entanto, o acordo ainda precisa da aprovação do juiz de falências de Delaware, John Dorsey, que cuida do caso da FTX. Se aprovada, o dinheiro da venda deve servir para abater as dívidas da FTX e da Alameda com seus clientes.
A FTX segue rumo ao seu processo de tentar reestruturar sua plataforma e, ao mesmo tempo, pagar os clientes. Segundo informações, a exchange deve cerca de US$ 10 bilhões aos clientes.
O acordo pode ser fechado até 31 de março, embora os negócios feitos por empresas falidas estejam sujeitos a um rigoroso escrutínio judicial. O possível comprador, Al Nawwar Investments RSC Limited, é propriedade do governo de Abu Dhabi e já investe na Sequoia, disse o documento.
Portanto, a aquisição serviria para o fundo aumentar sua participação. Mas como se trata de um fundo estrangeiro, as autoridades devem requerer um prazo maior para analisar a operação.
O Grupo FTX entrou com pedido de falência em novembro e Dorsey concedeu permissão em janeiro para que alguns dos ativos de maior liquidez da FTX fossem colocados à venda.
Isso incluiu o braço de derivativos LedgerX, a plataforma de compensação de estoque Embed e unidades japonesas e europeias. E também as participações da Alameda em algumas startups de maior liquidez – o fundo tem participações em mais de 130 startups.
“Decidimos celebrar o Contrato com o Comprador com base em sua oferta superior e capacidade de executar a Operação de Venda em um curto espaço de tempo, após receber indicações de interesse de quatro partes e entrar em negociações com duas para a venda de ativos no Sequoia Capital Fund”, afirmou a Alameda.
A administração da FTX disse que ainda há um enorme déficit no balanço patrimonial, devido aos registros da empresa. O atual CEO, John J. Ray III, afirmou que nunca viu um balanço tão problemático quanto o balanço da FTX.
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