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FTX processa liquidantes de afiliada nas Bahamas por propriedade da exchange

A nova gestão da exchange de criptomoedas FTX abriu um processo no último domingo (19) contra as entidades que supervisionam a liquidação de sua afiliada nas Bahamas. A exchange acusa a FTX Digital Markets (FTX DM) de afirmar ser erroneamente proprietária da exchange.

De acordo com a ação, a FTX DM seria uma “uma fachada para facilitar uma conspiração” para fraudar os clientes. Nesse sentido, o processo acusa os liquidantes de reivindicar, de forma indevida, a propriedade dos ativos da exchange.

No processo em questão, a equipe de falências da FTX nos Estados Unidos liderada pelo novo CEO John Ray, disse que os liquidantes estavam reivindicando a criptomoeda, a propriedade intelectual e os relacionamentos com os clientes da FTX.com, a exchange global.

FTX DM seria empresa fraudulenta

Conforme noticiou a Reuters, a FTX chamou a FTX DM de “empresa fraudulenta”, que teria sido inicialmente criada apenas para ser uma “empresa de serviços locais”, que não era proprietária da exchange FTX.com ou de nenhum dos seus tokens.

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“Se os devedores da FTX forem bem-sucedidos neste processo contencioso, não haverá propriedade da FTX DM para os processos locais nas Bahamas resolverem”, diz o documento.

Os autores no processo incluem a FTX.US, a empresa-irmã da exchange, Alameda Research, e a West Realm Shires, Inc., uma holding formada pelo ex-CEO da empresa, Sam Bankman-Fried. Os réus no processo são a FTX Digital Markets e seus liquidatários provisórios, Brian Simms, Kevin Cambridge e Peter Greaves.

De acordo com a ação, a FTX DM afirma ser “a proprietária construtiva da propriedade da FTX.com” e diz que a resolução da propriedade deve ocorrer nas Bahamas. Contudo, os devedores da FTX nos EUA discordam e alegam que os liquidatários estão promovendo uma batalha de falência jurisdicional. Conforme dizem os advogados, essas falsas reivindicações de propriedade prejudicarão os clientes e credores da real exchange.

“A peculiar história da FTX DM é um exemplo clássico de abuso da forma societária. A empresa nasceu como uma fachada para facilitar uma conspiração para fraudar os clientes dos devedores. Trata-se de uma conspiração da qual três indivíduos já se declararam culpados”, diz o processo.

A ex-CEO da Alameda Research, Caroline Ellison, e os cofundadores da exchange, Gary Wang e Nishad Singh, se declararam culpados de acusações criminais quando estavam na FTX. Enquanto isso, Sam Bankman-Fried se declarou inocente de uma série de acusações criminais e aguarda por julgamento que deve ocorrer em outubro.

Rusgas com autoridades locais

Desde que entrou com pedido de recuperação judicial em novembro de 2022, a FTX está em desacordo com as autoridades das Bahamas. A entidade das Bahamas ainda controla pelo menos centenas de milhões de dólares em ativos da FTX.

A Comissão de Valores Mobiliários do país iniciou a liquidação da FTX DM um dia antes do pedido de falência da FTX Trading.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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