Segurança

FTX está compartilhando dados dos usuários com o FBI

Documentos judiciais recentes revelaram que consultores de falência da exchange de criptomoedas FTX forneceram informações de clientes ao Federal Bureau of Investigation (FBI) dos Estados Unidos.

Diversos escritórios do FBI, incluindo Filadélfia e Oakland, receberam dados de transações de clientes, conforme documentos da consultoria Alvarez & Marsal. A notícia foi primeiramente divulgada pela Bloomberg.

Os documentos indicam que as autoridades federais solicitaram acesso aos dados para “investigar todas as transações e contas de clientes”. Entretanto, os registros judiciais, tornados públicos ontem, não detalham a extensão das informações fornecidas aos agentes federais.

Desde a falência da FTX no ano passado, a privacidade dos clientes tem sido um tema amplamente debatido. Advogados bloquearam repetidas tentativas de grandes veículos de imprensa, incluindo o New York Times e a Dow Jones & Company, de revelar os nomes dos clientes.

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Eles argumentaram que os antigos clientes da plataforma de criptomoedas falida poderiam estar sujeitos a golpes e roubo de identidade se seus nomes fossem divulgados.

FBI recebe dados de clientes da FTX

A queda abrupta da FTX em novembro do ano passado enviou ondas de choque por uma indústria de criptomoedas já abalada. O cofundador e ex-CEO da empresa, Sam Bankman-Fried, foi preso um mês após a falência da exchange, e promotores alegaram que ele gerenciou a exchange de forma criminosa e perdeu bilhões de dólares pertencentes aos clientes no processo.

E os promotores estavam certos: um júri na quinta-feira considerou Bankman-Fried culpado de sete acusações criminais, incluindo fraude e lavagem de dinheiro.

A FTX era uma das marcas mais reconhecíveis do setor e Bankman-Fried se aproximou de políticos, celebridades e até fez doações a democratas e republicanos na tentativa de influenciar a política de criptomoedas.

No entanto, segundo os promotores, tudo não passou de um artifício para enriquecimento pessoal, e a marca rápida e inesperadamente faliu devido à gestão criminosa de ativos digitais por ele e sua equipe.

Essas revelações lançam luz sobre os desdobramentos tumultuados que cercaram a FTX e destacam a importância da proteção da privacidade dos clientes no mundo das criptomoedas.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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