Economia

FTX busca excluir subsidiária de Dubai da falência

Na moção apresentada ao tribunal de falências de Delaware, a FTX declarou que a FTX Dubai nunca se envolveu em atividades operacionais nem teve qualquer cliente.

A exchange de criptomoedas recebeu uma licença para operar em Dubai em julho de 2022, mas não ofereceu nenhum serviço antes do pedido de falência da FTX em novembro.

Os reguladores de Dubai suspenderam a licença da FTX Dubai logo após o pedido de falência, e a licença expirou em julho de 2023.

Sem ter iniciado quaisquer atividades geradoras de receita, a FTX afirmou em sua apresentação ao tribunal que sua subsidiária em Dubai não tem perspectiva razoável de reabilitar suas operações.

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Além disso, a empresa declarou que a FTX Dubai possui um saldo de caixa positivo e é solvente, tornando-a adequada para um procedimento de liquidação voluntária sob a lei dos Emirados Árabes Unidos (EAU).

FTX em Dubai

A FTX acredita que a dispensa da unidade de Dubai permitiria um encerramento e liquidação de ativos de maneira ordenada.

O saldo em dinheiro poderia então ser usado para uma distribuição oportuna após o pagamento das obrigações pendentes. A FTX Dubai atualmente detém cerca de US$ 4,5 milhões espalhados por contas bancárias.

A moção argumenta que os procedimentos de falência não são necessários para a subsidiária e só levariam a mais despesas administrativas. A exchange declarou que a demissão está no melhor interesse da empresa e de seus credores.

Se aprovada, a demissão permitiria que a FTX Dubai passasse por um processo de liquidação. Os credores ainda poderiam perseguir reivindicações diretamente contra a subsidiária nesses procedimentos separados.

A FTX Trading e mais de 100 empresas afiliadas entraram com pedido de proteção à falência do Capítulo 11 em novembro de 2022. A empresa citou uma grave crise de liquidez após revelações de má gestão financeira.

O fundador da exchange, Sam Bankman-Fried, foi preso em dezembro e acusado de fraudar investidores em bilhões de dólares. Ele se declarou inocente de todas as acusações contra ele.

A moção de terça-feira indica que o encerramento da rede global de entidades da FTX será um processo complexo espalhado por jurisdições. O tribunal decidirá se concede a demissão da subsidiária de Dubai em uma audiência ainda este mês.

Recentemente, a FTX e o CEO da empresa e diretor de reestruturação, John J. Ray III, revelaram a estratégia de reorganização dos devedores, que incluiu uma proposta de reiniciar a exchangecomo uma “exchange de criptomoedas offshore”.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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