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FTT, token da FTX, ganha destaque e dispara mais de 30%; alta é sustentada?

Enquanto o preço da BNB registra queda de 6% nos últimos sete dias, o token nativo da FTX seguiu pelo caminho oposto. Nesta quinta-feira (23), o preço do token registrou uma forte alta de 30%, o que fez seu preço atingir US$ 4,63. Nos últimos sete dias, o FTT acumula ganhos de aproximadamente 40%.

O aumento no preço do token coincide com a entrada de mais investidores comprando FTT, o que fez os números dispararem ao longo do mês. Alguns membros da comunidade no X fizeram piada com a situação, alegando a “vingança” do FTT contra a BNB depois de um ano. Lembrando que foi a decisão de Changpeng “CZ” Zhao, então CEO da Binance, de vender os tokens FTT da exchange que iniciou o colapso da FTX.

Por outro lado, a FTX afirmou que tem planos de retomar suas atividades após pagar todos os credores, o que trouxe otimismo ao mercado. Portanto, há a possibilidade de que a possível retomada da FTX tenha contribuído para a valorização do token.

Acumulação de FTT

Junto com os fortes números diários, o token nativo da FTX registrou um crescimento de 337% no gráfico mensal. Só que a maior parte dos ganhos ocorreu nos últimos dez dias, em meio a um forte acúmulo das dez principais carteiras detentoras de FTT.

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Durante este período, o valor de mercado do FTT aumentou 255% em relação ao Bitcoin (BTC). Ou seja, houve um crescimento de preço quase quatro vezes maior do FTT.

Os investidores de FTT estão experimentando ganhos contínuos, já que o token nativo da FTX vê um segundo aumento após os desenvolvimentos recentes na Binance. De acordo com a empresa de pesquisas em blockchain Santiment, o valor do token parece ter recebido um impulso, evidenciado pelas dez maiores carteiras.

Esses endereços acumularam US$ 12,8 milhões em FTT em apenas 19 dias.

Valorização e acúmulo do token FTT. Fonte: Santiment.

Efeito Binance ou reabertura da FTX?

A recente abordagem da FTX de liquidar ativos e transferir quantidades substanciais de fundos entre diferentes exchanges desencadeou um aumento da atividade no mercado. Há duas semanas, a FTX e a Alameda Research, empresa que faz parte do Grupo FTX, executaram uma transferência de ativos que totalizou US$ 474 milhões.

Este passo estratégico faz parte de uma iniciativa que visa lidar com as responsabilidades financeiras da bolsa, ou seja, pagar as dívidas acumuladas. No futuro, a empresa quer preparar o terreno para uma nova fase conhecida como “FTX 2.0”, que inclui a retomada das atividades da FTX.

Notavelmente, esta ação se desenrola em meio ao acordo de US$ 4,3 bilhões que a Binance fechou com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ).

O recente aumento do FTT é notável, tendo em conta a sua utilidade limitada. Afinal, a FTX não está mais operacional há cerca de um ano. Por isso, a recuperação no preço indica interesse institucional substancial, apesar da ligação histórica do token com os problemas da FTX.

No início do mês, o FTT atingiu o máximo acumulado no ano de US$ 4,3, sinalizando uma recuperação robusta da desaceleração do ano anterior e refletindo a crescente confiança dos investidores no possível lançamento de uma versão renovada da plataforma de negociação.

Rival em apuros

Em contraste, o token BNB da Binance testemunhou um declínio, com uma queda de 6% nos últimos sete dias. A exchange também testemunhou uma saída líquida de US$ 1 bilhão em um único dia – na quarta-feira (22).

Os desafios atuais da Binance têm alguma semelhança, embora não sejam idênticos, aos problemas enfrentados pela FTX em novembro passado, que eventualmente levaram ao seu colapso. A incerteza em torno do futuro da Binance, juntamente com a trajetória mais clara da FTX, lançou uma perspectiva positiva para o FTT, atraindo o interesse de investidores de varejo e institucionais.

Até o momento, o token FTT ultrapassou seu nível de resistência principal de US$ 4.408. Se o seu preço continuar a se sustentar nesses níveis, ele poderá subir para sua próxima grande resistência de US$ 4,90 e até mais.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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