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Foxbit cancelou conta de Glaidson da GAS por suspeita de fraude, revela relatório

A exchange de criptomoedas Foxbit encerrou a conta de Glaidson Acácio dos Santos, preso há uma semana acusado de operar um esquema de pirâmide financeira com a GAS Consultoria Bitcoin, que movimentou R$ 38 bilhões.

De acordo com relatório que embasou o pedido de prisão, a conta de Glaidson foi cancelada na exchange por suspeitas de fraudes em 2018.

Segundo o relatório da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público (MPF), obtido pelo Jornal Extra, o ex-garçom começou a investir em Bitcoin em dezembro de 2014. A conta dele foi cancelada pela Foxbit três anos após a abertura.

Na ocasião, ele se cadastrou na Foxbit Serviços Digitais S.A, uma das maiores plataformas de negociação de Bitcoins do país.

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Conforme aponta o relatório, o cadastro foi feito pouco tempo antes de Glaidson sair do restaurante onde era garçom.

Entenda o caso de Glaidson com a Foxbit

O relatório da PF revela que, assim que abriu a conta na exchange, Glaidson movimentou R$ 120 mil. Já em 2015, o investigado transacionou mais de R$ 1 milhão na Foxbit.

Devido a essa grande movimentação, os investigadores acreditam que foi naquele ano que Glaidson passou a operar criptomoedas.

No ano seguinte, a movimentação financeira foi semelhante à de 2015. Segundo a Receita Federal, ele movimentou R$ 624.695,77 a crédito e R$ 640.759,44 a débito.

O volume de dinheiro movimentado foi tão grande que a Foxbit passou a suspeitar de Glaidson. Assim, em 16 de fevereiro de 2018, a empresa comunicou ao ex-garçom que estava encerrando sua conta. Isso porque ele não havia apresentado comprovação da renda utilizada nas operações com criptomoedas.

Além disso, o ex-garçom costumava enviar “mensagens de e-mails diversos do cadastrado”.

Foxbit solicitou esclarecimentos à Glaidson

Antes de cancelar a conta, em 15 de fevereiro, a Foxbit solicitou que o empresário informasse a origem dos valores:

“Gostaria de entender um pouco mais da origem desses Bitcoins. Você está fazendo arbitragem internacional? Mineração? Comprou no início e está liquidando agora? É apenas day-trade?”, questionou o auditor, solicitando o imposto de renda do ex-garçom.

Em resposta, Glaidson se apresentou como um usuário chamado yosemir, “um dos pioneiros da Fox”.

“O João Canhada [fundador da Foxbit] me conhece e sabe que faço Trader Day. Por isso, preciso do meu aumento de limite por exemplo tenho depósito desde o dia 9 de fevereiro do valor de 52 mil reais que ainda não foi confirmado. Mais os de 10 mil me confirma menos os de valores maiores, meu perfil é antigo mais já foi verificado com documentos e etc [sic.]… agora por favor me confirma os meus deposito por favor. Outra coisa meu saque está nível 3 baixo para nível 2 por favor! aumente para mim muito obrigado”, escreveu Glaidson.

Procurada pelo CriptoFácil, a Foxbit não quis comentar o caso.

Glaidson migra para Vivar Tecnologia

Um mês depois de ter sua conta cancelada na exchange, Glaidson se cadastrou na plataforma Vivar Tecnologia da Informação LTDA.

Os auditores concluíram que, “possivelmente, Glaidson passou a operar de forma mais intensa com a Vivar por ter sua conta na Foxbit encerrada”.

A corretora Vivar também passou a suspeitar das movimentações exorbitantes do ex-garçom. Por conta disso, passou a comunicar as transações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

“De acordo com a informação da Vivar, pode-se constatar um elevado aumento nas operações de Glaidson, que também se refletiu em sua movimentação financeira, que passou em 2018 a ser de R$ 96.402.693,56 a crédito e de R$ 98.318.035,66 a débito, mais de 10 vezes o valor do ano anterior”, diz o relatório.

O documento destaca ainda que, mesmo tendo alterado o nome de sua empresa e tendo Felipe (José Silva Novais) como sócio, as operações eram feitas nas contas bancárias da pessoa física de Glaidson.

Afinal, a GAS apenas teve como movimentação financeira em 2018, R$ 1.321.040,00 a crédito e R$ 1.318.623,71 a débito.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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