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Forbes: 10 projetos que mais influenciaram as criptomoedas

O mercado de criptomoedas ganhou desenvolvimento em 2009, com o lançamento do Bitcoin. Contudo, existiram diversos trabalhos antes disso que já pregavam a necessidade de um dinheiro digital, conforme ressaltou a Forbes.

Muitos desses trabalhos influenciaram o próprio Satoshi Nakamoto. Sua relevância foi tal que o whitepaper do Bitcoin contém apenas oito referências, porém todas bastante seletivas.

E com base nessa influência, a revista Forbes fez uma lista com os 10 whitepapers mais influentes do mercado de criptomoedas. E de Ralph Merkle a Nick Szabo, vamos conferir agora os nomes escolhidos.

Uma assinatura digital certificada (Ralph C. Merkle, 1979)

Criado quase 30 anos antes do Bitcoin, o artigo de Merkle é o primeiro a descrever o uso de assinaturas digitais. Não é à toa que ele é conhecido como um dos pais da criptografia moderna.

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Este artigo traz, também pela primeira vez, o conceito da “Árvore de Merkle”. Trata-se de assinaturas digitais certificadas, que permitiam criptografia eficiente e confiável de dados, convertendo blocos de informações em segmentos de código exclusivo.

E-mail não rastreável, endereços de retorno e pseudônimos digitais (David Chaum, 1981)

David Chaum é mais conhecido como o criador de uma das primeiras tentativas de dinheiro digital: o eCash. E isso não foi por acaso, visto que seu artigo mais famoso influenciou muito esta área.

Em seu artigo, Chaum descreveu os princípios do anonimato digital através da comunicação via e-mail. O conceito de pseudônimos foi posteriormente utilizado nas criptomoedas e seus modelos de transações.

O artigo de Chaum serviu como embasamento para outros whitepapers, inclusive o Bitcoin. E sua influência também foi cultural: Chaum é visto como um dos fundadores do movimento Cypherpunk.

Como registrar a data e hora de um documento digital (Stuart Haber, W. Scott Stornetta, 1991)

Lançado 10 anos após a obra de Chaum, este artigo traz o conceito de registro de data e hora de transações.

Este conceito foi utilizado na criação do Bitcoin, que registra tais dados em todas as transações. Eles propuseram uma solução chamada “um cofre digital” que poderia registrar a data e hora em que um determinado documento foi criado.

Além disso, esse cofre poderia manter uma cópia do documento para custódia. A precisão desses registros seria garantida por uma cadeia inalterável de solicitações de carimbo de data e hora

O artigo de Haber e Stornetta já foi citado pela Forbes em um artigo de 2020. Para muitos, esta foi a primeira representação do conceito de blockchain, 20 anos antes do Bitcoin.

A ideia de contratos inteligentes (Nick Szabo, 1994)

O jurista e criptógrafo Nick Szabo é um dos nomes mais influentes das criptomoedas, sendo considerado como um dos possíveis Satoshis Nakamoto. E parte da sua fama veio dessa obra.

No artigo, Szabo elabora o conceito de contratos que são executados via criptomoeda, sem intervenção humana. O trabalho serviu como influência para que muitas pessoas buscassem expandir as funções da blockchain após a criação do Bitcoin.

Quase 10 anos depois, este artigo inspiraria um programador russo-canadense a pôr em prática a visão de Szabo.

Ethereum: a próxima geração de contratos inteligentes e plataforma de aplicação descentralizada (Vitalik Buterin, 2013)

Inspirado por Nick Szabo, o russo-canadense citado anteriormente foi Vitalik Buterin. Em 2013, ele lançou o documento que trazia o Ethereum, uma das redes mais inovadoras entre as criptomoedas.

O whitepaper apresentava uma plataforma para o desenvolvimento de projetos descentralizados. Estes projetos seriam criados a partir de contratos inteligentes e a tecnologia blockchain.

Quase 20 anos após o artigo de Szabo ter sido lançado, sua ideia tem se provado ao longo do tempo. Hoje, o Ethereum é a segunda maior blockchain do mundo, atrás apenas do Bitcoin.

Zerocash: pagamentos anônimos e descentralizados de Bitcoin (Eli Ben Sasson e outros, 2014)

Este documento apresenta um modelo de privacidade de dados através da tecnologia blockchain. Seu uso visava fornecer uma alternativa ao Bitcoin, cujas transações não são 100% anônimas.

A ideia de seus criadores era fornecer uma tecnologia que possibilitasse criptomoedas cujas transações não pudessem ser identificadas. Ele foi usado para dar vida às criptomoedas de privacidade, como Zcash (ZEC) e o Monero (XMR), por exemplo.

Uma nota sobre estabilização da criptomoeda: ações de senhoriagem (Robert Sams, 2014)

Este artigo possibilitou a criacão das stablecoins, criptomoedas com lastro em moedas fiduciárias. Ele foi a base para a criação da Tether (USDT), USD Coin (USDC) e outras.

O modelo de Sams foi criado com base na gestão da oferta monetária dos bancos centrais. Para controlar a oferta das stablecoins, o algoritmo utiliza a tecnologia de contrato inteligente.

Bitcoin Lightning Network: pagamentos instantâneos escalonáveis fora da cadeia (Joseph Poon, Thaddeus Dryja, 2016)

O Bitcoin foi uma invenção revolucionária, mas carecia de baixa escalabilidade. Com capacidade para apenas 10 transações por segundo, seu uso por milhares ou milhões de pessoas parecia inviável.

Em 2016, este artigo propôs a criação de uma rede que resolvesse esse problema. A Lightning Network permite que os usuários podem executar muito mais transações por segundo.

Além disso, estas transações possuem custos reduzidos, facilitando assim micropagamentos que envolvam o Bitcoin.

Uniswap v2 Core (Hayden Adams, Noah Zinsmeister, Dan Robinson, 2020)

O “caçula” da lista é apontado pela Forbes como um dos documentos recentes que mais influenciaram o mercado de criptomoedas. Este artigo introduziu o conceito de finanças descentralizadas (DeFi, na sigla em inglês).

As DeFi permitiram a realização de empréstimos, recebimento de juros e outros serviços, sem a necessidade de bancos e intermediários. Isso tornou a Uniswap uma das principais plataformas deste mercado.

Bônus – Bitcoin: um sistema de dinheiro eletrônico ponto a ponto (Satoshi Nakamoto, 2008)

Claro que a principal criptomoeda do mundo não seria esquecida. Lançado no dia 31 de outubro de 2008 (dia de Halloween), o Whitepaper do Bitcoin é um dos documentos mais importantes do século XXI.

Após mais de 40 anos de pesquisas, teorias e tentativas malsucedidas, pela primeira vez uma criptomoeda foi executada com sucesso. O lançamento de fato ocorreu em 3 de janeiro de 2009, com a mineração do primeiro bloco.

Hoje, o Bitcoin reina absoluto no mercado, com sua importância – e seu valor – subindo cada dia mais.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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