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A exchange descentralizada (DEX) dYdX superou o volume de mercado da maior exchange dos Estados Unidos, a Coinbase. De acordo com os dados da plataforma CoinGecko, a dYdX registrou um volume de US$ 3,685 bilhões no domingo (26), contra US$ 3,614 da Coinbase.
Trata-se de um marco histórico para as finanças descentralizadas (DeFi), conforme destacou Antonio Juliano, fundador da DEX. Juliano também comemorou a marca, alcançada cinco anos depois de sua saída da Coinbase para criar a dYdX.
O token dYdX, por sua vez, também registrou forte alta nas últimas 24 horas. Com 17,85% de valorização, o preço do token atingiu R$ 110,59.
Aparentemente, dois fatores fizeram com que a dYdX registrasse esse feito. Em primeiro lugar estão as DeFi em si; mais especificamente, uma outra DEX, intitulada Perpetual Protocol. A plataforma permite a negociação de alavancagem e posições vendidas
As negociações da Perpetual Protocol são realizadas através de contratos perpétuos, ou seja, contratos futuros que não possuem data de expiração. Esses contratos ganharam força depois que o governo da China proibiu (mais uma vez) todas as transações com criptomoedas.
De acordo com o jornalista Colin Wu, a proibição tende a levar os usuários chineses para as plataformas DeFi. Nesse sentido, serviços como a carteira MetaMask e a própria dYdX se beneficiarão com a mudança. “Todas as comunidades chinesas estão discutindo como aprender DeFi”, afirmou Wu em seu Twitter.
Ao passo que a dYdX quebrou recordes, a Perpetual Protocol registrou um volume de US$ 258 milhões até o momento da escrita deste texto. A alta foi superior a 1.000% frente aos US$ 16,16 milhões registrados no final de semana.
Por outro lado, o token PERP, que alimenta a rede da DEX, chegou a se valorizar até 55% nas últimas 24 horas. No entanto, o preço arrefeceu e agora opera em alta de 14,82%, valendo R$ 90.
De fato, se teve uma lição que a China reforçou na semana passada é o risco de mercado. Afinal, uma simples canetada de um governo pode, da noite para o dia, bloquear todas as atividades de exchanges em um país.
Nesse sentido, as exchanges centralizadas são as mais vulneráveis, uma vez que possuem sede e donos conhecidos. O governo pode bloquear, suspender e, em última instância, prender, com mais facilidade, as pessoas envolvidas nessas empresas.
Em contrapartida, as DEX não possuem essas limitações e não podem ser bloqueadas facilmente. Os chineses que desejam negociar criptomoedas, mas não poderão fazer isso pelas vias normais, possuem as DEX como alternativa.
Para Denis Vinokoulov, da Synergia Capital, as altas da PERP e da dYdX marcam o início de um novo ciclo positivo para as DeFi. O mesmo pensa Jason Chio, chefe de pesquisa da Spartan Capital, para quem o excesso de regulamentação será o catalisador deste ciclo.
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