FBI entra em caso de pirâmide financeira para ajudar a recuperar criptomoedas

As investigações sobre a pirâmide financeira Mirror Trading International (MTI), um dos maiores golpes envolvendo criptomoedas, acaba de ganhar um reforço de peso. O serviço de inteligência dos Estados Unidos, o FBI, entrou em cena para ajudar na recuperação dos ativos.

De acordo com uma matéria da Bloomberg publicada nesta terça-feira (3), os agentes ajudarão os liquidatários do esquema a recuperar os ativos de investidores diretos.

Liquidatários são profissionais responsáveis por identificar e vender os ativos associados a uma entidade comercial, no caso, a MTI.

Dono da Mirror Trading pode estar no Brasil

A Mirror Trading International é uma empresa que prometia ganhos com supostas operações no mercado de forex e de criptomoeda.

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Embora o foco do suposto golpe seja a África do Sul, a empresa também lesou pessoas de outros países. Em novembro do ano passado, a MTI disse ter 260.000 membros em todo o mundo. Além disso, declarou a posse de 23.000 Bitcoins, que agora valem R$ 4,55 bilhões.

Em dezembro de 2020, conforme noticiado pelo CriptoFácil, o líder da MTI, Johann Steynberg, fugiu para o Brasil. Mais especificamente para o estado de São Paulo. Logo após a fuga, os clientes da empresa não conseguiram mais retirar seus Bitcoins da plataforma. 

Até hoje, o paradeiro de Johann Steynberg é desconhecido.

“Embora haja um rastro em papel [da passagem de avião] sobre sua possível tentativa de voo para o Brasil, nenhum vídeo ou foto confirmou a informação de que ele deixou o país”, disseram os liquidatários conjuntos.

A fuga do líder do MTI ocorreu pouco tempo depois de a Autoridade de Conduta do Setor Financeiro (FSCA, na sigla em inglês) abrir um processo criminal contra a empresa.

Conforme informou a FSCA, o MTI estava conduzindo uma operação ilegal, enganando clientes e infringindo várias leis.

Liquidação de suposta pirâmide recebe apoio do FBI

Já em junho deste ano, a Mirror Trading foi colocada em liquidação e um tribunal sul-africano declarou suas operações ilegais. O regulador do país também chamou a MTI de esquema Ponzi.

Agora, o processo de liquidação ganhou o apoio do FBI. Em um comunicado, o grupo de liquidatários do MTI informou que se reuniu com agências internacionais de aplicação da lei, como o FBI, depois de ser abordado por elas.

“O FBI está unindo forças com os liquidatários da Mirror Trading International no interesse de vários investidores locais e americanos”, disse o grupo composto por cinco administradores.

Os liquidatários disseram ainda que os fundos recuperados serão destinados às verdadeiras vítimas do MTI.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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