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Fantástico aborda riscos do day trade em repotagem

Em 2020, com a pandemia de Covid-19, o número de operações de day trade (compra e venda diária de ativos) no Brasil explodiu para 1.140.000.

Com o aumento expressivo da atividade, que é considerada uma das mais arriscadas do mercado, especialistas apontam os riscos envolvidos.

Eles destacam que, embora anúncios prometam riqueza imediata com a prática, até mesmo para investidores inexperientes, a realidade é muito diferente. Afinal, a maioria esmagadora dos day traders perde dinheiro investindo na bolsa e vão à falência.

Para alertar sobre isso, o programa da TV Globo, Fantástico, elaborou uma reportagem que foi ao ar no último domingo (31).

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Riscos do Day Trade

Um dos especialistas ouvidos pela reportagem foi o professor de Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fernando Chague.

Conforme explicou, day trade é operação de curtíssimo prazo. Assim, nessa atividade, a pessoa precisa acertar, em fração de segundos ou minutos, a direção do mercado.

Apesar de ser uma operação arriscada, o número de investidores da modalidade disparou no país em 2020.

De acordo com a B3, em 2017 foram 143 mil aplicações do tipo. Em 2018, o número subiu para 236 mil. J[a no ano seguinte, foram 483 mil. E, em 2020, o número explodiu para 1,14 milhões de operações de day trade.

Fonte: Fantástico

Esse aumento foi resultado da pandemia e do isolamento social. Entretanto, também foi resultado do aumento da venda de cursos que ensinam a “ficar rico sem sair do sofá”.

A promessa e sua ampla adesão tornaram o day trade a 9ª profissão mais emergente no país, segundo o LinkedIn.

Além disso, Bruno Giovannetti, professor de Finanças da FGV, destacou que existe um “glamour” em ser day trader no Brasil. Mas, na realidade, os números mostram que as aparências enganam.

A reportagem observa que, em 2020, o resultado de todas as operações do tipo foi de um prejuízo de R$ 2 milhões.

Investidores relatam perdas

Um dos que perdeu dinheiro foi o agricultor de 25 anos, morador do interior de São Paulo, Gustavo Melo. Ele contou à reportagem que perdeu todos os 5 mil reais que investiu na atividade “muito rápido”.

Mas, segundo ele, a maior parte do dinheiro foi perdida em cursos da internet que “ensinavam” a ganhar dinheiro rápido e fácil.

Outro investidor, que preferiu não se identificar, acumulou uma dívida em torno de R$ 2 milhões, aplicando suas economias e pedindo empréstimos. 

“Procure profissionais sérios e não vendedores de sonhos”, recomendou o investidor.

Maioria dos day traders perde

Por fim, a reportagem mencionou o estudo da FGV que mostrou que, dos 98 mil day traders que operaram entre 2013 e 2018, apenas 554 persistiram a longo prazo.

O que, segundo Giovannetti, mostra que a atividade não é atrativa para a grande maioria das pessoas. Além disso, menos de 1% das pessoas conseguiu algum tipo de lucro a longo prazo.

“Dá para ganhar dinheiro com day trade? Dá! Mas você tem que ser uma pessoa muito bem informada”, disse Giovannetti.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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