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Fan Tokens: criptoativos ajudam clubes do Brasil na geração de receitas

Na última quarta-feira (8), o Botafogo anunciou a contratação do lateral-direito Rafael, um sonho antigo do clube. Além do apoio de “torcedores-celebridades”, a ida do jogador para o clube carioca contou com um outro apoio que está se popularizando no futebol: os criptoativos.

Mais precisamente, a chave para fechar o negócio foi uma iniciativa ainda não lançada oficialmente pelo Botafogo, mas já colocada à mesa pela diretoria do clube. O Botafogo tem planos de seguir o caminho de Atlético Mineiro e Corinthians e lançar seu fan token.

A “carta na manga” foi apresentada pelo CEO do clube, Jorge Braga, em uma das reuniões para discutir a contratação. Ele disse que o Botafogo está fechando uma parceria para disponibilizar o produto e Rafael receberá um percentual das vendas.

Fan Tokens e Futebol

Os fan tokens, ou tokens de torcedor, é uma iniciativa da plataforma Socios.com que vem ganhando o mundo. 

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Após fazer sucesso na Europa com Paris Saint-Germain, Barcelona e Milan aderindo à novidade, a iniciativa chegou ao Brasil.

O Atlético Mineiro foi o primeiro clube a fechar parceria com a Socios.com e lançar seu fan token. Em seguida, o Corinthians fez o mesmo e conseguiu arrecadar US$ 1,7 milhão (R$ 8,7 milhões) em menos de duas horas.

Até mesmo a Seleção Brasileira de Futebol aderiu à iniciativa, lançando o token Brazilian Football Team (BFT). O lançamento foi um sucesso e os tokens se esgotaram em 30 minutos após uma rodada de pré-venda, rendendo R$ 90 milhões.

O Flamengo também acertou as bases contratuais de um acordo com a Sócios.com para lançar seu fan token. De acordo com o Lance!, o negócio renderá para o clube um valor mínimo garantido de US$ 13,5 milhões. Ou seja, quase R$ 71 milhões na cotação atual.

Na prática, os fan tokens funcionam como um programa de sócio 2.0. Os detentores dos tokens podem participar ativamente de decisões internas dos clubes através de votações. Além disso, podem ter acesso a experiências exclusivas, descontos em ingressos e materiais esportivos, entre outras coisas.

Blockchain e democratização do investimento

Isso só é viabilizado pela tecnologia das criptomoedas, a blockchain, que funciona como um livro de registro de dados imutável.

Com a tecnologia, é possível realizar a tokenização de ativos, que consiste na criação de uma representação digital de um ativo.

Para Paulo Aragão, especialista em criptomoedas e cofundador do CriptoFácil, essa união entre blockchain e esporte é algo extremamente benéfico para ambos os lados. Afinal, abre um leque de opções sem precedentes.

“Para os clubes, o primeiro ponto positivo é, sem dúvidas, o financeiro. Além disso, quase todos os clubes mais tradicionais do Brasil passam por dificuldades financeiras e os fan tokens criam uma nova receita.”

Quem concorda com Aragão é Felipe Escudero, analista de criptomoedas e anfitrião do canal BitNada.

Conforme destacou o analista, criptoativos e blockchain promovem a democratização dos investimentos. E isso chegou ao futebol:

“Hoje é possível investir na receita dos clubes, e até mesmo em cestas de jogadores das bases dos clubes, sem precisar ser um empresário do meio, ou ter grandes fortunas para investir. Este é um nicho crescente. Empresas no Brasil e no mundo estão trabalhando pela tokenização de ativos e de receitas no esporte. E o futebol está se tornando um case de sucesso.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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