Fan Token: Torcedores já gastaram quase R$ 2 bilhões em criptoativos de clubes; mas há críticas

Os Fan Tokens viraram uma verdadeira febre em clubes de todo o mundo. Além de funcionarem como um produto para promover o engajamento dos fãs, os criptoativos são uma nova fonte de renda para as instituições esportivas.

De acordo com um levantamento realizado por analistas da Protos, encomendado pela BBC News, mais de US$ 350 já foram gastos com esses tokens. Em reais, esta quantia equivale a quase R$ 2 bilhões.

Críticas aos Fan Tokens

Entre outras coisas, os detentores dos Fan Tokens têm direito a experiências exclusivas no clube, descontos em produtos e ingressos e direito a votar em algumas decisões internas.

Além disso, é possível negociar esses ativos no mercado, com base na lei da oferta e demanda, visando a obtenção de lucros.

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Contudo, críticos ouvidos pela BBC dizem que essas vantagens são insignificantes. Eles também questionam o fato de os clubes deterem a maior parte desses Fan Tokens, “distorcendo” o mercado.

Conforme noticiou a BBC, nas cinco principais ligas europeias, 24 clubes diferentes lançaram ou estão considerando lançar Fan Tokens.

A maioria dos clubes se associa a principal empresa do setor, que é a Socios. A plataforma organiza a venda inicial dos tokens e a posterior negociação deles. Há ainda neste mercado de Fan Tokens empresas como Bitci e Binance.

À BBC, a Socios disse ter vendido de US$ 270 milhões a US$ 300 milhões em tokens por meio de seu aplicativo.

Especulação com Fan Tokens

Segundo a pesquisa, muitos compradores estão negociando especulativamente seus tokens na tentativa de ganhar dinheiro. Entretanto, muitos desses ativos perderam seu valor desde que foram lançados.

Os tokens do Manchester City e do Lazio, por exemplo, desvalorizaram cerca de 70% desde seu lançamento. Por outro lado, os tokens do Inter de Milão e do clube turco Trabzonspor, aumentaram em valor mais do que o Bitcoin no ano passado, segundo o levantamento.

A Protos apurou também que os clubes que mais venderam Fan Tokens foram Lazio, Manchester City, Porto e Santos. Sendo que os tokens que mais geraram receita foram os do Lazio, com cerca de US$ 130 milhões.

Sobre esse grande volume em vendas, o diretor de notícias da Protos, David Canellis, destacou:

“Os Fan Tokens estão sendo negociados mais ativamente do que você espera para este tipo de produto. Geralmente, pequenos criptoativos como esses podem ser incrivelmente voláteis devido à pequena quantidade de pessoas que desejam negociá-las. Os especuladores sabem disso. Então, eu consideraria que grande parte do comércio de Fan Tokens é alimentado puramente por especuladores em busca de lucros de curto prazo.”

Clubes concentram Fan Tokens

Como mencionado, há críticas também sobre o fato de os clubes ficarem com a maior parte dos ativos. Segundo o levantamento, o valor dos tokens mantidos pelos 13 principais clubes da liga ultrapassa US$ 1,9 bilhão.

Enquanto isso, os compradores individuais atualmente detêm apenas US$ 376 milhões. Ou seja, em média, os clubes controlam 80% do estoque de Fan Tokens.

“Os próprios clubes devem equilibrar e não vender muito de uma só vez”, disse Canellis. “Se venderem muito de uma só vez, correm o risco de quebrar o preço. Podemos ver isso claramente a acontecer com as vendas da Lazio, do FC Porto, do Santos FC e do Manchester City.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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