O banco norte-americano Wells Fargo divulgou um relatório anual de investimentos na terça-feira (8). Segundo o Wells Fargo, o Bitcoin foi o ativo de melhor desempenho em 2020.
Em 2020, o Bitcoin se valorizou 170% e superou investimentos como ouro e o índice S&P 500 por uma larga vantagem. Ao mesmo tempo, o banco destacou que o Bitcoin também teve a maior volatilidade do ano.
Em uma comparação curiosa, o Wells Fargo comparou os investidores de Bitcoin com os exploradores do “Velho Oeste”.
“Investir em criptomoedas hoje é um pouco como viver nos primeiros dias da corrida do ouro de 1850, que envolvia mais especulação do que investimento”, disse o relatório.
No entanto, o Wells Fargo acredita que o papel do Bitcoin no mercado financeiro ainda é pequeno. Em termos financeiros, os investimentos ainda são baixos.
Especialmente, o banco disse que “o Bitcoin atrai muita atenção, mas não necessariamente muito dinheiro para investimento”.
Ainda assim, o banco observou que pode valer a pena investir em criptoativos “um dia”. Ele também disse que o banco “abordaria mais o mercado de criptoativos” a partir de 2021.
Sobre valores, o Wells Fargo também destacou o valor de mercado das criptomoedas. Em 2020, o mercado atingiu US$ 542 bilhões, cerca de R$ 2,7 trilhões na cotação atual.
No entanto, o valor ainda é muito pequeno. A título de comparação, isso é cerca de 25% do valor da Apple, empresa do S&P com maior valor de mercado.
Por conta disso, o banco ainda considera o investimento em Bitcoin uma “jornada volátil”. O relatório também afirma que as criptomoedas ainda são pouco conhecidas da maioria dos investidores.
“Se você se sentir excluído da loucura, não faça isso. A maioria dos investidores já ouviu falar de criptomoedas, mas poucos já compraram ou usaram uma”, disse o banco.
Está não é a primeira vez que o Wells Fargo entra na discussão sobre moedas digitais. Em 2019, o banco afirmou que poderia emitir uma stablecoin ainda em 2020. No entanto, os planos não se concretizaram.
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