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Falta de transparência prejudica adoção de Bitcoin em El Salvador, dizem críticos

Na última terça-feira, dia 7 de dezembro, completou três meses desde que El Salvador adotou o Bitcoin (BTC) como moeda oficial.

Contudo, segundo informações de portais locais, a adoção da criptomoeda entre os salvadorenhos segue enfrentando desafios.

De acordo com um relatório da EFE, publicado pelo portal elsalvador.com, esses três meses de adoção foram marcados pela baixa aceitação do BTC entre os salvadorenhos.

Isso porque não teria havido a devida transparência na gestão dos recursos para a compra de Bitcoins.

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Além disso, como noticiado pelo CriptoFácil, houve centenas de denúncias de supostos roubos de identidade para o recebimento do bônus de US$ 30 em Bitcoin dado pelo governo. 

Bitcoin em El Salvador

Conforme noticiou o portal salvadorenho, nesses 90 dias, o presidente Nayib Bukele aproveitou as quedas de preço do Bitcoin para “encher os cofres”. Ao todo, foram comprados 1.370 Bitcoins que, hoje, valem US$ 68.371.200.

No entanto, ao que parece, não se sabe de qual item do orçamento saíram esses recursos. Tampouco se tem informações sobre a gestão e administração desse dinheiro, algo que deveria ser de conhecimento público.

Ainda, o portal cita o projeto “Bitcoin City” de Bukele, que será financiado por títulos de Bitcoin a serem emitidos em breve.

A ideia é que a cidade, que será construída perto do Pacífico no Golfo de Fonseca, seja livre de impostos. A única exceção seria o imposto sobre valor agregado (IVA) de 10%.

De acordo com o que se sabe do projeto até o momento, o governo teria que emitir US$ 1 bilhão em títulos para tirar a cidade do papel. Deste montante, metade seria destinada à compra de Bitcoin e a outra metade à infraestrutura da cidade.

Bitcoin City é projeto arriscado

Entretanto, o economista Ricardo Castaneda, do Instituto Centro-Americano de Estudos Fiscais, disse que o projeto é “arriscado”.

Ele destacou que o anúncio de que El Salvador usará títulos lastreados em Bitcoin é, na verdade, “uma medida desesperada”.

Segundo ele, teria que ser criada em El Salvador uma espécie de bolsa de valores onde seriam colocados esses títulos.

“Se der certo, o presidente Bukele será um exemplo. Ele poderá dizer aos organismos multilaterais e à comunidade internacional que não precisamos deles. Mas se der errado toda a população vai perder”, alertou.

O economista disse ainda que o anúncio da Bitcoin City “é como vender uma ilusão para bitcoiners”:

“Vamos ver se o anúncio da cidade do Bitcoin é realmente tão poderoso a ponto de fazer os bitcoiners se apaixonarem e praticamente fecharem os olhos para a realidade e emprestar o dinheiro ao governo. O desafio é muito grande.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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