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Expectativa para o halving pode ser responsável pelos estoques de ASICs na China se esgotarem

Mesmo com o preço do Bitcoin enfrentando dificuldades para manter-se acima de US$10 mil, a atividade de mineração não parece acompanhar o preço do criptoativo e segue extremamente competitiva na China, principal mercado mundial de equipamentos para mineração de Bitcoin.

A demanda por equipamentos de mineração de Bitcoin têm sido tão alta que as principais empresas do setor, como a Bitmain, não têm dado conta de produzir máquinas suficientes para os compradores, levando os preços dos equipamentos a serem inflacionados no mercado paralelo.

Dentro da Huaqiang North Commercial Area, um centro de fabricação de eletrônicos em Shenzhen (principal área tecnológica da China), os compradores podem encontrar fornecedores de máquinas de mineração espalhadas entre o quarto e o sexto andares em espaços originalmente ocupados por vendedores de componentes de computadores.

No entanto, mesmo aceitando pré-encomenda de equipamentos, o prazo mais “próximo” para entrega é outubro e mesmo assim, por vezes, os compradores são avisados que o prazo foi alterado “para mais tarde”.

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Mas, com relata um vendedor, mesmo avisando os clientes que os prazos de entrega podem ser alterados, ainda assim, os compradores mantêm os pedidos e por vezes ligam solicitando novos equipamentos.

Máquinas como o Antminer S17,, S9 e T17 não são encontradas “a pronta entrega: nem na Bitmain, graças ao atual mercado altista e às tarifas de eletricidade de baixo custo na estação chuvosa, as mineradoras podem facilmente ganhar dinheiro de volta. O lucro de uma máquina de mineração pode chegar a 50-80 CNY por dia, menos de 5 meses os mineiros conseguirão o dinheiro de volta”, relata um vendedor de ASIC explicando o porque da crescente demanda.

Além disso, a expectativa quanto ao halving, que irá reduzir a recompensa por bloco de Bitcoin minerado pela metade, também tem impulsionado a corrida por equipamentos de mineração, uma vez que, segundo mineradores, a tendência é que o preço chegue a novos patamares após o evento.

O CriptoFácil conversou com um minerador de criptoativos brasileiro que atua no Paraguai que revelou que já fazem dois meses que busca um fornecedor na China para comprar cerca de 120 Antiminer T17 da Bitmain, mas ainda não obteve sucesso.

“O melhor prazo que consegui direto com a Bitmain foi dezembro. No mercado paralelo, já consegui um fornecedor para entregar em outubro, porém com preço muito alto e com pagamento 100% adiantado, o que não fazemos. Tenho diversos investidores ansiosos por comprar poder de mineração, mas a demanda está tão forte que estou tendo dificuldade para atendê-los”, disse.

Leia também: De olho no halving do Bitcoin, 1 milhão de novos ASIC serão ligados na China

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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