Economia

Executivo da Binance que escapou da Nigéria rumo ao Quênia será extraditado

Nadeem Anjarwalla, um executivo da exchange de criptomoedas Binance, que havia escapado da custódia nigeriana, foi encontrado no Quênia. Agora, ele enfrentará procedimentos de extradição, conforme relatado por diversos veículos de comunicação locais.

No fim de semana, houve uma operação conjunta envolvendo várias agências – como a Comissão de Crimes Econômicos e Financeiros (EFCC), a Força Policial da Nigéria, o Serviço de Polícia do Quênia, o Departamento Federal de Investigação (FBI) e a Organização Internacional de Polícia Criminal (INTERPOL). As equipes conseguiram capturar o executivo da Binance após semanas de busca.

De acordo com o Daily Post da Nigéria, autoridades nigerianas localizaram Anjarwalla no Quênia e estão colaborando com as autoridades quenianas para repatriá-lo ao seu país de origem. Já o jornal nigeriano The Punch, citando fontes governamentais não identificadas, informou que Anjarwalla poderá ser devolvido à Nigéria em até uma semana através da INTERPOL, a organização internacional de polícia criminal.

Entenda o caso da detenção do executivo da Binance

Conforme noticiou o CriptoFácil, autoridades da Nigéria detiveram Anjarwalla em fevereiro deste ano junto com outro executivo da Binance, Tigran Gambaryan, após um “convite” para dialogar sobre as operações da Binance no país.

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As prisões arbitrárias ocorreram enquanto a Nigéria enfrenta uma crise monetária agravada pelo aumento da inflação e pela desvalorização significativa de sua moeda, classificada como uma das piores do mundo este ano. Em meio a esses desafios econômicos, a população nigeriana recorreu às criptomoedas para proteger suas economias.

As autoridades nigerianas acusam a exchange de criptomoedas de manipulação da taxa de câmbio local, evasão fiscal e lavagem de dinheiro. Diante disso, querem aplicar uma multa de US$ 10 bilhões à exchange. As prisões seriam, portanto, uma forma de pressionar a exchange a pagar a multa.

Anjarwalla, que possui dupla nacionalidade britânica e queniana, teria deixado a Nigéria em março utilizando um passaporte queniano não declarado. Enquanto isso, Gambaryan permanece na Nigéria e se declarou inocente das acusações de branqueamento de capitais durante uma audiência judicial em abril.

O CEO da Binance, Richard Teng, prometeu cooperação com as autoridades nigerianas para resolver o problema. Além disso, Gambaryan está processando o governo nigeriano por violações de direitos humanos.

Gambaryan processa Nigéria e vai para o subsolo

O executivo da exchange de criptomoedas pediu ao Supremo Tribunal Federal para exigir um pedido de desculpas do Gabinete do Conselheiro de Segurança Nacional e da Comissão de Crimes Econômicos e Financeiros.

Gambaryan disse que esteve na Nigéria a convite dos órgãos para discutir as atividades da Binance no país. Ele alegou que não cometeu nenhum crime durante a reunião e não recebeu por escrito nada sobre qualquer crime que tivesse cometido na Nigéria.

“A única razão para a detenção é porque o governo está solicitando informações da Binance e fazendo exigências à empresa”, disse ele.

No início de abril, Gambaryan foi transferido para uma prisão subterrânea administrada pela agência anti-corrupção da Nigéria após cinco semanas de detenção em uma “casa de hóspedes” do governo.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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