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Exchanges receberam 147.000 Bitcoins suspeitos em 2020

As exchanges de criptomoedas receberam cerca de 147.000 Bitcoins de origem suspeita no primeiro semestre de 2020.

Assim, segundo um estudo divulgado pela empresa chinesa de análise de criptomoedas PeckShield, os Bitcoins estão ligados a golpes e esquemas de lavagem de dinheiro.

Pesquisa aponta para o crime

De acordo com a pesquisa focada no combate à lavagem de dinheiro (AML), as exchanges de Bitcoin receberam 13.927 transações de risco.

O estudo apontou que Huobi, Binance e OKEx foram os três principais destinos desses ativos de alto risco. Desta forma, cada uma das exchanges teria recebido cerca de 90 mil BTC, representando mais de 60% do valor total.

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Além delas, o relatório outras exchanges favoritas dos golpistas como ZB, Gate.io, BitMEX, Luno, HaoBTC, Bithumb e Coinbase.

Fundos ilícitos

Em termos de retirada ilícita de fundos, Binance, Huobi, Kraken e Luno foram fortemente favorecidas.

Assim, as quatro plataformas viram mais de 30 mil Bitcoins “ilegais” retirados no primeiro semestre de 2020.

Exchanges usadas em saques ilícitos de ativos

O fluxo de entrada e saída desses criptoativos suspeitos identificados pela Peckshield são oriundos de hackers, scams, varejistas da dark web e endereços de jogos de azar.

Portanto, todos eles estiveram bem ativos nas exchanges ao longo de maio, quando o Bitcoin passou pelo halving.

Frequência de negociação e valor da negociação (pelo valor BTC) envolvendo ativos ilícitos em exchanges de criptomoedas

KYC ajudou?

A alta concentração de fluxo de entrada e saída representa, segundo a empresa, um desafio para as exchanges no sistema de KYC (conheça seu cliente).

Além dos problemas de conformidade conhecidos das exchanges, também há outro problema. Trata-se de alguns serviços intermediários que atrapalham a identificação de fundos.

Por exemplo, o uso de misturadores de Bitcoin e provedores de serviços de exchange de criptomoedas. Esses intermediários sem registro acabam ajudando a “maquiar” a origem dos BTC.

O relatório disse que os misturadores de Bitcoin que tornam todo o fluxo de dinheiro mais complexo e difícil de rastrear sugaram grandes quantidades de ativos ilícitos.

Até agora, a equipe monitorou pelo menos R$ 8 bilhões em criptoativos associados a misturadores de Bitcoin como Bitlaunder, HelixMixer, Samourai, Wasabi, BitcoinFog.

Por outro lado, as plataformas sem KYC, como ChangeNow e CoinSwitch, também são um canal de lavagem de dinheiro convencional.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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