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Exchange se retira da Venezuela, temendo sanções dos EUA

A Paxful é uma exchange internacional de mercado de balcão (OTC) de Bitcoin (BTC).

Na prática, isso significa que os seus clientes podem negociar BTC diretamente entre si. A exchange age como uma intermediária nas transações, ao invés de comprar e vender BTC diretamente.

Contudo, após enfrentar problemas com o governo estadunidense, a corretora decidiu se retirar da Venezuela.

Paxful se retira da Venezuela após ameaças dos EUA

A empresa se manifestou da seguinte maneira sobre o ocorrido, no seu blog:

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Nossa missão é a de ajudar as quatro bilhões de pessoas que não possuem acesso bancário ao redor do mundo. Estamos de coração partido de não poder estender esse apoio ao povo venezuelano, por hora. Nos esforçamos por vários meses, mas o receio relacionado ao cenário regulatório atual tornou essa uma decisão inevitável, embora muito difícil de se fazer.

A partir de 16 de setembro de 2020, nós vamos lhes dar 30 dias para retirar os seus fundos. Vocês  poderão fazer isso sem pagar nenhuma taxa. Nós vamos lhes notificar diretamente com os detalhes sobre as transações. Os venezuelanos que conseguirem comprovar que moram no exterior poderão continuar utilizando o Paxful normalmente.

Em junho de 2020, a corretora já havia retirado a possibilidade de os usuários do país sul-americano utilizarem o “Banco de Venezuela”.

Na época, a justificativa foi uma possível sanção da OFAC, que é a Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA.

Medida dificulta a obtenção de criptomoedas pelos venezuelanos

No comunicado aos seus clientes, a Paxful não deu um motivo específico para a sua retirada da Venezuela.

Entretanto, é possível dizer que a relação entre as instituições financeiras venezuelanas e o governo dos EUA são conturbadas.

Além disso, ainda em 2020, a Venezuela baniu as operações da Coinbase, que é uma exchange estadunidense, em seu território.

A Paxful era a segunda maior corretora OTC de Bitcoin na Venezuela. Por esse motivo, é de se esperar que o acesso dos venezuelanos às criptomoedas fique ainda mais difícil.

Finalmente, boa parte das instituições financeiras internacionais podem ter dificuldades para atuar na Venezuela, no cenário atual. O país é considerado um local de alto risco financeiro, de acordo com o governo estadunidense e com a OFAC.

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Nicolas Nogueira

Advogado, formado em Direito pela UFPR, com MBA em Negócios Internacionais. Tenho contato com as criptomoedas desde 2017. Sou apaixonado pelo assunto! Para mim, as criptomoedas são o único futuro possível para a economia mundial, bem como a melhor ferramenta de liberdade financeira para todos nós.

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