Fintech

Exchange de criptomoedas encerra operações; clientes têm 30 dias para sacar fundos

Mais uma exchange de criptomoedas encerrou as suas atividades. Nesta segunda-feira (22), a plataforma de cripto Hotbit anunciou o fim de suas operações. Em um comunicado, a exchange centralizada (CEX) pediu que seus usuários retirem os seus fundos em até 30 dias.

Com sede em Hong Kong, a Hotbit foi fundada há mais de cinco anos e diz ter mais de 5 milhões de usuários. De acordo com o anúncio, as operações chegam ao fim nesta segunda e os clientes têm até o dia 21 de junho para sacar as suas criptomoedas.

Exchange Hotbit fecha as portas

A exchange disse que tomou a decisão de pôr fim às operações por três razões principais. Em primeiro lugar, a exchange citou “a deterioração das condições de funcionamento”.

“Depois que a equipe de gestão da Hotbit foi forçada a suspender as operações por várias semanas devido a uma investigação em agosto de 2022, a indústria passou por uma série de crises, incluindo o colapso do FTX, crises bancárias causando incidentes fora do padrão com a USDC, resultando em saídas contínuas de fundos de usuários das CEXs, incluindo da Hotbit, e a deterioração do fluxo de caixa”, disse a empresa.

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A investigação à qual a exchange se referiu envolveu um ex-funcionário da exchange, que trabalhou para a Hotbit até abril de 2022. No ano anterior, a pessoa estava envolvida em um projeto externo, contrário às diretrizes do escritório.

Mudança no setor de cripto

O segundo motivo foi a “mudança na tendência da indústria de criptomoedas”. A exchange destacou que o sucessivo colapso de grandes entidades centralizadas tem levado a indústria a caminhar em dois caminhos: ou abraçar a regulação ou se tornar mais descentralizada.

Nesse sentido, a equipe Hotbit disse que acredita que as CEXs estão se tornando cada vez mais complicadas, com negócios complexos que são difíceis de cumprir, seja para conformidade ou para a descentralização. Portanto, essas plataformas dificilmente atenderão às tendências de longo prazo para a Hotbit.

Por fim, a empresa disse que foi pioneira em listar vários ativos emergentes e em oferecer serviços de staking e conduzir negócios de mineração. No entanto, devido à incerteza do setor, “várias oportunidades também contêm muitos riscos”.

A Hotbit enfatizou que sofreu vários problemas, como ataques cibernéticos e exploração de projetos por agentes mal-intencionados. Essas ações resultaram em perdas significativas para a exchange.

“Portanto, a equipe da Hotbit acredita que o modelo de operação de suporte a uma gama diversificada de ativos é insustentável do ponto de vista da gestão de riscos. Isso é tudo, com tantas alegrias e lágrimas, nosso show acabou”, disse. “Ainda acreditamos em um futuro brilhante para a inovação cripto e alguns de nós ainda lutaremos por isso”, concluiu a exchange.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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