Ex-humanitária no Afeganistão pede que empresários levem o Bitcoin aos analfabetos

Diversos motivos fazem os usuários acreditarem na adoção do Bitcoin como moeda, que variam com fatores como geografia, política, sistemas econômicos e até a alfabetização. Os que mais precisam do Bitcoin podem até desconhecer sua existência, devido ao analfabetismo e à falta de acesso à internet.

Muitos entusiastas das criptomoedas de países desenvolvidos consideram o Bitcoin como a ferramenta para derrubar os bancos centrais e o atual sistema financeiro. Os libertários contam com sua natureza descentralizada e isenção de necessidade de qualquer autoridade central para realizar seu sonho ideológico. Para pessoas em países subdesenvolvidos, no entanto, o Bitcoin é mais uma necessidade urgente do que um sonho para toda a vida.

As populações de países como a Venezuela, o Zimbábue ou o Afeganistão vivem em uma situação diária de não terem moedas oficiais confiáveis para fins de poupança. Estes são utilizados apenas para a compra de bens e serviços, mas a maioria das pessoas geralmente troca seu dinheiro ganho arduamente por dólares americanos quando buscam guardar valor.

É a oportunidade que poderia desencadear uma explosão na adoção do Bitcoin. Apesar de sua volatilidade, ainda pode ser considerada uma moeda relativamente estável quando comparada às suas próprias moedas oficiais. Criptomoedas podem ser mineradas, o que pode ser atraente para mineradores em países com eletricidade barata, como a Venezuela. Além disso, o Bitcoin permite que os agentes econômicos contornem as proibições do governo e as sanções internacionais.

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A alfabetização, no entanto, tem sido um recurso fundamental para os entusiastas das criptomoedas aprenderem a comprar, minerar e negociar Bitcoin. A maioria dos países subdesenvolvidos tem baixas taxas de alfabetização, o que explica ainda mais a baixa adoção ao Bitcoin, até o momento.

Janey, uma ex-humanitária no Afeganistão, com formação em desenvolvimento internacional, diz que não há razão para que o Bitcoin não consiga se desenvolver em países subdesenvolvidos.

“O que falta é a capacidade das pessoas desses países de comprar bitcoins de maneira simples”, disse Janey.

“As pessoas que não sabem nem ler nem escrever em seu idioma nativo, muito menos em inglês, ainda usam smartphones. Eles podem não saber o alfabeto persa, mas eles sabem como navegar no Facebook, como acessar as fotos de seus amigos e postar as suas. Eles podem usar o Facebook para acessar as notícias em forma de vídeos. Nenhuma alfabetização é necessária”, acrescentou ela.

Argumentando que a plataforma amigável ao usuário que o Facebook fornece, permite literalmente que qualquer pessoa intuitivamente comece a usá-la. “É apenas uma questão das ferramentas certas que podem tornar o Bitcoin mais acessível, não apenas para as populações não técnicas, mas até para as não-alfabetizadas”, acrescentou.

Há um mar de oportunidades para empreendedores e criadores no universo das criptomoedas que aceitam o desafio de levar o Bitcoin aos analfabetos.

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Amanda Bastiani

Amanda destacou-se como uma editora e produtora de conteúdo influente na CriptoFácil.com, onde liderou uma equipe de seis escritores e impulsionou o crescimento da audiência do site para picos de 1 milhão de visualizações mensais. Sua gestão eficaz incluiu a produção, tradução, e revisão de conteúdo especializado em blockchain e criptoativos, além do uso estratégico do Google Analytics e pesquisas com leitores para aprimorar a qualidade e relevância do conteúdo. Sua educação complementa sua expertise, com um MBA focado em Transformação Digital pela FIA Business School, um curso de Gestão de Projetos pela UC San Diego, e graduação em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero, preparando-a com conhecimento avançado e uma abordagem ágil necessária para liderar no setor de criptomoedas. Amanda é uma profissional versátil, cujas realizações refletem uma combinação única de habilidade técnica, visão estratégica, e impacto significativo no engajamento e educação da comunidade cripto.

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