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Ex-Goldman Sachs quer criar fundo de criptomoedas

A gestora de investimentos SkyBridge pretende montar um fundo de hedge que incluirá investimentos em criptomoedas.

O pedido de abertura foi enviado para a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) na sexta-feira (13).

“Os investimentos da Empresa e/ou Fundos de Investimento também podem ser feitos em empresas que fornecem tecnologias relacionadas a ativos digitais ou outras tecnologias emergentes”, diz o prospecto do fundo.

A empresa tem como fundador Anthony Scaramucci, vice-presidente do banco Goldman Sachs entre 1989 e 1996.

Ele também serviu como Diretor de Comunicações da Casa Branca por um breve período em julho de 2017.

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Empresa reforça interesse por criptomoedas

A SkyBridge buscou detalhar o mercado de criptomoedas. O prospecto inclui uma seção inteira apenas descrevendo os chamados “ativos digitais”.

No documento, a gestora explica resumidamente quais os usos, riscos e outros pontos a serem considerados. Um desses alertas é a respeito da natureza “sem lastro” das criptomoedas.

“Os ativos digitais não têm valor intrínseco a não ser como método de troca. Eles não são baseados em uma mercadoria tangível, valores mobiliários, direito contratual ou obrigação legal”, diz o documento.

A empresa alerta que as criptomoedas não possuem correlação com outros ativos tradicionais.

“Não se deve esperar que os valores dos ativos digitais estejam conectados ou correlacionados às forças econômicas ou de mercado tradicionais. Com isso, o valor dos investimentos dos Fundos de Investimento em ativos digitais pode diminuir rapidamente, inclusive para zero.”

O prospecto também cita a “tremenda volatilidade de preço” vista nas criptomoedas em comparação com investimentos convencionais. No entanto, vários especialistas apontam que a volatilidade tem diminuído ao longo do tempo.

Mercado institucional mantém interesse em alta

Os arquivos enviados à SEC não contêm nenhuma informação sobre os motivos da SkyBridge querer investir em criptomoeas. No entanto, eles seguem uma tendência que se fortaleceu em 2020.

Vários bilionários e grandes empresas tem migrado para o Bitcoin. Essa adoção ocorreu tanto com a introdução de serviços para a criptomoeda quanto no investimento direto.

Por exemplo, o PayPal adicionou serviços de compra, venda e custódia de Bitcoin recentemente. Já a Square e a MicroStrategy investiram parte do seu caixa em Bitcoin.

Além disso, grandes investidores individuais também entraram nesse mercado. O próprio CEO da MicroStrategy, Michael Saylor, já possui R$ 1,3 bilhão em Bitcoin.

O bilionário Stanley Druckenmiller também admitiu ter investimentos na criptomoeda.

O próprio fundador da SkyBridge falou sobre o Bitcoin em um podcast. Scaramucci citou o caso do macro investidor Paul Tudor Jones, que também investiu na criptomoeda.

“Vai chegar uma era em que todos vão querer possuir algo que seja menos manipulado pelos governos no que se refere a uma reserva de valor”, disse Scaramucci na época.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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