Foto: Ilustração via CriptoFacil
O ex-CTO da Coinbase, Balaji Srinivasan, ficou famoso por apostar que o Bitcoin (BTC) atingiria US$ 1 milhão em três meses. O executivo apostou a mesma quantidade de dinheiro nesta aposta, mas decidiu voltar atrás.
Anteriormente, Balaji afirmou que os Estados Unidos passariam por uma hiperinflação que destruiria o poder do dólar. Então, o executivo apostou US$ 1 milhão em USDC que preço do BTC chegaria até esse valor por causa da crise.
No entanto, Balaji não retirou seus argumentos mesmo com o fim da aposta. Ou seja, ele mantém a sua tese de que o dólar está a caminho da hiperinflação, sublinhando que a economia não terá o “pouso suave” prometida pelo presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.
Na terça-feira (2), Balaji anunciou o fim da sua aposta no Twitter. De acordo com o executivo, ele decidiu anular a aposta mutuamente.
“A aposta de um milhão de dólares está agora encerrada por mútuo acordo. Ganhei mais de US$ 1 milhão em doações na blockchain, que você pode verificar clicando nos links abaixo”, disse Balaji.
De fato, os links que Balaji forneceu mostram provas das doações que o ex-executivo ganhou após anunciar a aposta. De acordo com as somas, Balaji recebeu cerca de US$ 1,5 milhão em doações, ou cerca de R$ 7,5 milhões em valores atuais.
Em seguida, o executivo doou o valor em partes iguais para três organizações: Medlock (a contraparte da aposta), a organização de caridade Give Directly e outra para o Bitcoin Core. Cada uma delas recebeu cerca de US$ 500 mil.
Balaji encerrou a aposta 46 dias antes do prazo de 90 dias. Durante a Consensus 2023, Balaji previu em 10% a probabilidade de que sua previsão de fato ocorra no período estipulado.
“A razão pela qual fiz isso foi porque acredito no bem público, mas infelizmente não podemos mais confiar no setor público para nos dizer quando algo está errado. Então, gastei meu próprio dinheiro para enviar um sinal comprovadamente caro de que há algo errado com a economia”, disse.
Em um vídeo anexo, o investidor explicou que uma crise pode acontecer rapidamente – e sem aviso dos reguladores ou do governo. Balaji citou como exemplo Ben Bernanke, que disse que a economia pode entrar em uma “leve recessão” em abril de 2008. No entanto, a “leve recessão” virou uma grande crise mundial apenas cinco meses depois.
Segundo Balaji, várias áreas da economia já estão à beira da quebra. O teto da dívida dos EUA está se aproximando rapidamente, a maioria dos bancos do país está perto da insolvência e os ativos mantidos por bancos falidos agora são comparáveis aos níveis de 2008.
Além disso, os títulos sofreram seu pior ano de todos os tempos em 2022, que foram comprados em grande parte por bancos e seguradoras. A dívida de empréstimos estudantis e a dívida de cartão de crédito também estão em alta, totalizando US$ 180 bilhões e US$ 960 bilhões, respectivamente.
Balaji também acredita que os países estão abandonando o dólar em um ritmo acelerado, ecoando as opiniões publicadas pelo cofundador da BitMEX, Arthur Hayes.
“Se você acredita que há uma alta probabilidade dessas crises econômicas simultâneas causarem uma impressão massiva em 90 dias, 900 dias ou mesmo 90 meses – então você espera algum tipo de inadimplência e uma crise fiduciária”, escreveu Balaji em seu site. “E você vai querer estar preparado, o que quer que isso signifique para você.”
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