Categorias Notícias

Ex-CFTC defende blockchain e fala sobre dólar digitalizado em Davos

A Latoken está realizando em Davos, na Suíça, o evento Blockchain Economic Forum 2020 (BEF). O evento durará entre os dias 20 e 24 de janeiro, reunindo diversas figuras influentes imersas ou próximas da criptoesfera, dentre elas Cristopher Giancarlo, ex-presidente da Comissão de Comércio de Futuros de Commodities dos Estados Unidos (CFTC). Durante sua palestra, Giancarlo falou do novo projeto no qual está atuando, que visa digitalizar o dólar estadunidense.

“Nós mandamos um homem à lua, podemos enviar o dólar ao ciberespaço”

Giancarlo é conhecido como “Cripto Paizão” pela sua postura amigável em relação aos criptoativos e à tecnologia blockchain, especialmente considerando seu antigo cargo na CFTC, um dos órgãos reguladores financeiros dos Estados Unidos.

Ele inicia sua palestra fazendo uma breve diferenciação entre os dois órgãos reguladores financeiros dos Estados Unidos, a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) e a CFTC. Ele explica que a SEC regulamenta a oferta de títulos, enquanto a CFTC regulamenta se uma empresa consegue arcar com o risco inerente de seu negócio ofertado.

Ao contar uma breve história sobre a crise econômica que abalou o mundo em 2008, Giancarlo afirma que naquela época ele já visualizava que o mercado financeiro precisava de uma “reforma substancial”, trazida por meio de “entendimento e transparência”.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Ele justifica a importância da transparência do mercado financeiro citando o agora falido banco de investimento Lehman Brothers. À época, estimava-se que a exposição de crédito deixada pela instituição foi de US$400 bilhões – considerando a valorização bruta da empresa -, quando na verdade foi de US$9 bilhões. Segundo Giancarlo, se a Reserva Federal dos Estados Unidos soubesse que o rombo era bem menor, ela teria “feito um cheque na hora” e evitado a crise.

Nesse momento, o ex-CFTC afirma que ele virou um “crente da tecnologia blockchain“. Giancarlo então passa a falar da iniciativa por ele fundada, a Fundação do Dólar Digital, um esforço sem fins lucrativos.

“Por dólar digital, eu não falo de stablecoin, eu não falo de algo que segue o dólar. Eu falo de algo que recebe total fé e crédito do governo dos Estados Unidos, algo que é uma moeda corrente do país. Atualmente, o dólar se apresenta em forma de moeda ou cédulas, o que nós propomos é uma terceira forma: uma forma digital. Nós mineraremos isso para o Banco Central dos Estados Unidos, a Reserva Federal, sendo disponibilizado para usuários por meio do sistema bancário.”

Ele completa:

“Isso permitirá que as pessoas enviem dinheiro por email, umas as outras, sem a necessidade de passar por todo trâmite atualmente existente. Os princípios seriam de moedas fiduciárias, mas com os benefícios de moedas digitais.”

Giancarlo finaliza defendendo que as “melhores mentes” de diferentes segmentos estão no projeto, algo feito para incentivar o governo dos Estados Unidos a adentrar o projeto.

Leia também: Fórum Econômico Mundial poderá criar “carta de direitos” focada na tecnologia blockchain

Compartilhar
Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

This website uses cookies.