Economia

EUA transferem 9.000 Bitcoins apreendidos no caso Silk Road

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) parece estar tomando medidas para movimentar os Bitcoins que detém, com a perspectiva de potencialmente vendê-los. Isso é evidenciado pela repentina movimentação dos BTC mantidos por eles, o que gerou preocupações entre os investidores na quarta-feira (12).

Em novembro de 2021, o DoJ apreendeu cerca de 50.000 BTC, avaliados em mais de US$ 3 bilhões na época. Os Bitcoins apreendidos estavam ligados a James Zhong, acusado de roubar os ativos digitais ao cometer fraude eletrônica em setembro de 2012.

Desde a apreensão dos BTC, o DoJ vendeu uma quantidade substancial dos ativos, uma das quais foi a venda de 9.800 Bitcoin em março, avaliados em cerca de US$ 300 milhões. Isso foi seguido pelo departamento federal movimentando mais de 40.000 BTC, avaliados em mais de US$ 1,2 bilhões na época, o que resultou em alta volatilidade no mercado de criptomoedas, já que os investidores presumiram que a oferta estava sendo vendida.

Bitcoins da Silk Road

No entanto, desde março, o DoJ não movimentou nenhum dos Bitcoins obtidos do roubo da Silk Road até 12 de julho. Três transações confirmadas destacam que cerca de 8.200 BTC, avaliados em mais de US$ 250 milhões, foram movidos pelo departamento federal, e outras 824 unidades da criptomoeda estão na fila esperando para serem movidas pelo DoJ.

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Os US$ 300 milhões em BTC movidos representam apenas 2,1% do volume total negociado nas últimas 24 horas pelos usuários. Assim, uma venda não teria nenhum efeito negativo sobre o preço.

Isso é respaldado pelo fato de que, nas últimas 24 horas, quase 5.000 Bitcoins, no valor de US$ 152,6 milhões, foram vendidos e, mesmo assim, o preço da criptomoeda não sofreu nenhuma mudança significativa.

A Silk Road era uma plataforma para comercialização de produtos e serviços ilegais, famosa por facilitar a venda de mercadorias como drogas e armas.

Operando como parte da darknet e usando Bitcoin como sua principal forma de pagamento, a Silk Road foi um dos primeiros exemplos de como as criptomoedas poderiam ser usadas para facilitar o comércio ilícito. A plataforma foi desativada pelo FBI em 2013 e seu criador, Ross Ulbricht, foi preso e condenado a prisão perpétua.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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