Economia

EUA prometem ‘perseguir agressivamente’ mixers de criptomoedas após sanções ao Tornado Cash

Após aplicar sanções ao popular mixer de criptomoedas Tornado Cash, os Estados Unidos prometeram ficar “na cola” de todos os demais misturadores cripto suspeitos.

De acordo com o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, o governo vai continuar a “perseguir de forma agressiva” os mixers que sejam suspeitos de lavagem de fundos de origem ilícita.

O Tesouro dos EUA afirmou que “misturadores cripto que auxiliam criminosos são uma ameaça à segurança nacional dos EUA”. E disse que vai seguir monitorando a atividade deles a fim de reprimir os riscos financeiros ilícitos do país.

“[O] Tesouro dos EUA vai continuar a investigar o uso de misturadores para fins ilícitos e vai usar as suas autoridades para responder a riscos de financiamento ilícito no ecossistema de moeda virtual.”

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Em sua conta no Twitter, Blinken afirmou que o Tornado Cash foi usado para lavar dinheiro para um grupo de hackers cibernéticos da Coreia do Norte. O país também sofre sanções dos EUA.

Em resposta a este tuíte, Erik Voorhees, fundador da ShapeShift, questionou quando os EUA vão sancionar o banco HSBC por lavar dinheiro de somas muito maiores. O gigante bancário pagou uma multa de US$ 1,9 bilhão pelas acusações.

Enquanto isso, um outro usuário, @RockyFantana, afirmou que Blinken não sabe como funciona um contrato inteligente:

“Se é um contrato inteligente em blockchain, você não pode pará-lo. Eu acho que você não sabe muitas coisas sobre as criptomoedas. Qualquer um pode usar o Tornado [Cash] para enviar dinheiro para outra pessoa”, tuitou ele.

Sanção ao Tornado Cash

Ao justificar as sanções contra o Tornado Cash, os EUA disseram que a plataforma falhou várias vezes em lançar controles para impedir que os criminosos lavassem dinheiro.

Além disso, os EUA disseram que o mixer lavou mais de US$ 7 bilhões em criptomoedas desde 2019. Ou seja, algo em torno de R$ 35 milhões na cotação atual em reais. No entanto, os mixers de criptomoedas não operam com ferramentas como Conheça Seu Cliente (KYC).

Conforme explicou o cofundador da Tornado Cash, Roman Semenov, banido do GitHub, a plataforma é descentralizada e autônoma. Isso significa que ela opera sem o controle de terceiros.

Como era de se esperar, a comunidade cripto respondeu de forma negativa às sanções. O auto-intitulado historiador cibernético Lorenzo Franceschi-Bicchierai, por exemplo, observou que o código do mixer é uma expressão da liberdade de expressão. Portanto, não pode ser ilegal e nem ser alvo de sanções.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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