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EUA apreendem R$ 2,4 bilhões em ações da Robinhood de cofundadores da FTX

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos apreendeu mais de US$ 456 milhões em ações da corretora Robinhood (HOOD) pertencentes aos cofundadores da FTX, Sam Bankman-Fried (SBF) e Gary Wang. Em reais, isso equivale a cerca de R$ 2,4 bilhões. No total, a apreensão foi de 55 milhões de ações.

De acordo com o processo judicial, datado do dia 6 de janeiro, as ações foram apreendidas porque constituem propriedade envolvida em lavagem de dinheiro ou violações de fraude eletrônica.

A apreensão ocorreu apenas alguns dias depois de o CriptoFácil ter noticiado que os EUA estavam cogitando a possibilidade de apreender as ações como parte do enorme processo judicial movido contra o ex-executivo da FTX, que enfrenta inúmeras acusações, incluindo fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.

Conforme apontam relatórios, Bankman-Fried comprou essas ações da Robinhood  com recursos de um empréstimo que tomou junto à Alameda Research – empresa irmã da FTX. Além de SBF, o cofundador da FTX, Gary Wang, também participou da compra. SBF ficou com 90% da propriedade dos mais de 50 milhões de ações. Enquanto isso, Wang ficou com os outros 10%.

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Com o dinheiro emprestado da Alameda, Wang e SBF abriram uma empresa que o ex-CEO da FTX controlava para comprar 7,6% da Robinhood. Mas a dupla teria utilizado fundos dos clientes da FTX para custear a operação, o que constitui uma das principais acusações da promotoria contra SBF.

Disputa pelas ações da Robinhood

Um advogado do Departamento de Justiça disse na semana passada que o órgão estava apreendendo as ações da Robinhood vinculadas à FTX. Na ocasião, Bankman-Fried entrou com uma ação judicial para impedir que os devedores assumissem o controle de sua participação na Robinhood.

Além disso, há informações de SBF e Caroline Ellison, ex-CEO da Alameda, usaram as ações da corretora como garantia para obter um empréstimo junto à BlockFi. Contudo, como esse empréstimo não foi pago, a BlockFi passou a enfrentar problemas financeiros que culminaram com um pedido de recuperação judicial. Ao mesmo tempo, a empresa chegou a reclamar as ações para si. Além da BlockFi e da própria FTX, Ben Shimon, credor da FTX, também reclamou a propriedade das ações.

A corretora da Emergent – ED&F Man Capital Markets – congelou a participação da HOOD em meados de novembro, logo depois que a FTX e a Alameda Research entraram com pedido de proteção contra falência. O motivo foi que SBF supostamente tentou vender as ações por meio do aplicativo Signal antes da FTX entrar em recuperação judicial

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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