Segurança

EUA apreendem R$ 17,4 bilhões em criptomoedas relacionadas ao Silk Road

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (07) que as autoridades apreenderam mais de 50.676 Bitcoins, avaliados em mais de US$ 3,36 bilhões (cerca de R$ 17,20 bilhões) na época da apreensão, ligados ao caso do Silk Road. Hoje, esse montante de BTC equivale a aproximadamente US$ 1,04 bilhão (R$ 5,32 bilhões).

O Silk Road era um mercado ilegal que funcionava na darkweb e utilizava a rede Tor para assegurar o anonimato de compradores e vendedores no comércio de produtos ilícitos. O mercado operou entre 2011 e 2013 e usava principalmente o Bitcoin como forma de pagamento. O mercado sucumbiu após a prisão de Ross Ulbricht, que cumpre pena de prisão perpétua.

Bitcoins do Silk Road

De acordo com um comunicado da Procuradoria dos EUA, essa apreensão é a maior apreensão de criptomoedas na história do Departamento de Justiça dos EUA. Além disso, é a segunda maior apreensão financeira do Departamento de todos os tempos. Quem anunciou a apreensão foi Damian Williams, procurador dos EUA para o Distrito Sul de Nova York.

Conforme o anúncio, os BTC foram encontrados em um endereço na Geórgia ligado a James Zhong. Ele se declarou culpado na sexta-feira (4) de cometer fraude eletrônica em setembro de 2012, quando obteve ilegalmente mais de 50.000 Bitcoins do mercado Silk Road. Além das criptomoedas, os agentes apreenderam US$ 661.900 em dinheiro.

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“James Zhong cometeu fraude eletrônica há mais de uma década, quando roubou cerca de 50.000 Bitcoins do Silk Road. Por quase dez anos, o paradeiro dessa enorme quantia de Bitcoin se transformou em um mistério de mais de US$ 3,3 bilhões. Mas graças ao rastreamento de criptomoedas de última geração e ao bom e antiquado trabalho policial, a polícia localizou e recuperou esse impressionante acervo de produtos do crime”, disse Damian Williams.

Ainda segundo o procurador, esse caso mostra que as autoridades não vão parar de seguir o dinheiro, “não importa o quão habilmente escondido”.

Detalhes do roubo de Bitcoins do Silk Road

De acordo com o comunicado, Zhong executou um esquema para fraudar o Silk Road, criando uma série de nove contas para ocultar sua identidade. Em seguida, ele adicionou mais de 140 transações em rápida sucessão para enganar o sistema de processamento de saques do Silk Road para liberar aproximadamente 50.000 Bitcoins.

Depois, ele transferiu estes Bitcoins para vários endereços. Além dos 5.000 BTC, Zhong também recebeu 5.000 em Bitcoin Cash, quando a rede do BTC foi bifurcada.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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