Economia

FBI prende outro cofundador do Tornado Cash

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) informou nesta quarta-feira (23) que o FBI prendeu o cofundador do mixer de criptomoedas Tornado Cash, Roman Storm, de 34 anos, em Washington.

De acordo com um comunicado do DOJ, Storm e o russo de 35 anos Roman Semenov, outro cofundador do projeto, enfrentam acusações ​​de operar o serviço Tornado Cash e facilitar supostamente a lavagem de mais de US$ 1 bilhão em ativos, incluindo dinheiro do Grupo Lazarus, o grupo de hackers norte-coreano.

O terceiro cofundador da Tornado Cash, Alexey Pertsev, também está na prisão na Holanda desde agosto de 2022 por acusações de lavagem de dinheiro.

As autoridades apresentarão Storm ainda hoje no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Ocidental de Washington. Enquanto isso, Semenov está foragido e recebeu sanções do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA.

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A sanção significa que todos os bens e interesses em bens de Semenov que estejam nos EUA na posse ou controle de pessoas dos EUA devem ser bloqueados e comunicados à OFAC. Além disso, pessoas e empresas dos EUA não podem realizar transações com ele. As pessoas que realizam determinadas transações com o indivíduo podem elas próprias ficar expostas a sanção.

Semenov teria “auxiliado materialmente, patrocinado ou fornecido suporte financeiro, material ou tecnológico para, ou bens ou serviços para ou em apoio” ao Tornado Cash e ao Grupo Lazarus. Por isso, ele foi alvo da sanção dos EUA.

“Embora afirmassem publicamente oferecer um serviço de privacidade tecnicamente sofisticado, Storm e Semenov sabiam, de fato, que estavam a ajudar hackers e fraudadores a esconder os frutos dos seus crimes”, disse o procurador dos EUA, Damian Williams.

Tornado Cash na mira dos EUA

Ainda segundo a acusação, o Tornado Cash anunciou aos clientes que fornecia transações financeiras anônimas e não rastreáveis. Além disso, Storm e Semenov optaram por não implementar programas de Conheça Seu Cliente (KYC) ou de combate à lavagem de dinheiro.

O DOJ disse ainda que a dupla sabia das transações de lavagem de dinheiro. No entanto, recusaram-se a implementar quaisquer controles. Além disso, continuaram a operar o serviço Tornado Cash.

Em abril e maio de 2022, o Grupo Lazarus supostamente usou serviço Tornado Cash para lavar dinheiro. De acordo com o DOJ, Storm e Semenov sabiam que o serviço Tornado Cash estava envolvido nessas transações que violavam as sanções.

“Eles implementaram uma mudança no serviço para que pudessem fazer um anúncio público de que estavam cumprindo as sanções, mas em seus chats privados concordaram que essa mudança seria ineficaz. Eles então continuaram a operar o serviço Tornado Cash e a facilitar centenas de milhões de dólares em novas transações que violam sanções”, disse o DOJ.

Acusações

Storm e Semenov enfrentam acusações ​​de conspiração para cometer lavagem de dinheiro e conspiração para violar a Lei de Poderes de Emergência Econômica Internacional. A pena máxima para esses crimes é de 20 anos de prisão para cada.

Eles também enfrentam acusações de conspiração para operar um negócio de transmissão de dinheiro não licenciado. Este crime pode gerar uma pena máxima de cinco anos de prisão.

A OFAC sancionou o Grupo Lazarus em 13 de setembro de 2019 e identificou-o como uma entidade controlada do Governo da Coreia do Norte. Acredita-se que o grupo opere há mais de 10 anos e que tenha roubado mais de US$ 2 bilhões em ativos digitais.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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