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O Ethereum tem fama de ser uma rede cara e sempre congestionada, com uma experiência de usuário um tanto desagradável. Isso tudo devido ao valor que os usuários têm que pagar para executar ações na blockchain.
No entanto, de acordo com dados do CoinMarketCap, as taxas do Ethereum vêm caindo. Elas estão, atualmente, nos níveis mais baixos do ano e equiparadas com os níveis vistos em julho de 2021.
Hoje, o valor médio para realizar uma transação na rede gira em torno de US$ 1 a US$ 1,5. Trata-se de um valor muito baixo quando comparado a momentos de ‘boom’ na rede como, por exemplo, a DeFi mania ou a febre dos NFT. Nessas ocasiões, as taxas passaram de US$ 50 e, em alguns casos, chegaram até US$ 90.
No começo de maio, por exemplo, devido a venda de terrenos no metaverso do Bored Ape Yacht Club (BYAC), as taxas no Ethereum foram superiores a US$ 100.
Embora as taxas estejam menores, isso pode não ser um resultado tão positivo. Afinal, boa parte dos analistas apontam que não foram somente as taxas de GAS que baixaram, mas também o número de usuários nos aplicativos.
Tanto a negociação de NFT, quanto a atividade em plataformas de finanças descentralizadas (DeFi), jogos play-to-earn, metaverso, entre outros, estão passando por uma “calmaria” pela reduzida atividade dos usuários.
Além disso, o fato de muitos usuários de dApps Ethereum terem migrado para outras redes também pode ser considerado um motivo para a queda nas taxas
BNB Smart Chain (anteriormente chamada de Binance Smart Chain), Solana, Polygon e Avalanche são algumas das blockchains que conquistaram parte do mercado.
Essas redes, consideradas mais centralizadas e com menos segurança que o Ethereum, oferecem a possibilidade de operar com taxas muito menores e têm atraído muitos usuários, basta ver o volume de aplicações construídas na BNBChain, a segunda maior blockchain do mercado para smart contracts.
“Todo usuário do Ethereum deve ter em mente que esse período de baixas taxas é provavelmente apenas um ‘oásis no meio do deserto’”, disse Nicholas Antiporovich.
Ainda segundo ele, quando uma nova “moda do blockchain” surgir, a rede ficará congestionada novamente, com consequências não intencionais e custosas.
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