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Ethereum supera Bitcoin no ‘Fortune Crypto 40’

A revista de negócios Fortune publicou nesta segunda-feira (10) a edição inaugural do Fortune Crypto 40. Trata-se, segundo a revista, de uma lista inédita que se baseia em extensa pesquisa para reconhecer as melhores empresas e organizações do setor cripto. Na categoria de “Protocolos”, o Ethereum (ETH) aparece à frente do Bitcoin (BTC).

“Mesmo que o mundo cripto tenha lutado contra o período mais difícil de sua história, os nomes desta lista estão avançando para criar empresas para durar décadas. Em uma prova de quão grande e diversificada a indústria se tornou, o Crypto 40 é composto por oito categorias – variando de TradFi a CeFi a DeFi – com uma lista classificada de cinco vencedores em cada uma”, disse a Fortune.

De acordo com a revista, a decisão de criar categorias separadas em vez de uma única lista reflete o fato de que as criptomoedas são uma indústria diversa. Além disso, a Fortune observou que é difícil encontrar métricas comuns para pesar a importância relativa de uma exchange versus uma empresa financeira tradicional versus um projeto DeFi.

Coinbase lidera em CeFi

A primeira categoria do Fortune Crypto 40 é CeFi – ou finanças centralizadas. Essa categoria classifica as primeiras empresas de ativos digitais como as exchanges, as operadoras de stablecoin e as custodiantes. Os critérios da lista incluem, por exemplo, participação de mercado, transparência e reputação do setor.

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Em primeiro lugar em CeFi ficou a exchange Coinbase. Em seguida vêm as exchanges Binance e Kraken. A Galaxy Digital, liderada por Mike Novogratz, e a Circle, emissora da USDC, aparecem em 4º e 5º lugares, respectivamente.

PayPal lidera em TradFi

A segunda categoria é TradFi – empresas de finanças tradicionais. Esta categoria reconhece as empresas do mundo das finanças tradicionais, incluindo bancos, bolsas e fintechs que fizeram incursões no mundo das criptomoedas e da blockchain.

Excluem-se os fundos fiduciários e as empresas de investimento. Os critérios incluem o número de produtos e investimentos relacionados a cripto, bem como a reputação do setor.

Nesta, o PayPal lidera, seguido pela Robinhood, pelo JPMorgan Chase, pela Fidelity e pela Visa.

Polychain Capital lidera em capital de risco

VC – Capital de risco – é a terceira categoria que avalia os principais investidores no espaço cripto. De acordo com a Fortune, para se qualificar, as empresas devem ter investido em pelo menos 35 empresas cripto e ter apoiado pelo menos um unicórnio. Outros critérios incluem saídas, reputação e sinais sociais.

A Polychain Capital ficou em primeiro lugar nesta categoria. Logo após vêm Animoca Brands, Andreessen Horowitz, Pantera Capital e, por fim, Blockchain Capital.

OpenSea lidera NFTs sem surpresas

Já a quarta categoria é dedicada aos tokens não fungíveis (NFTs), que classifica as empresas atrás dos principais mercados e coleções de NFT. Os principais critérios incluem taxas de mercado, quando aplicável, bem como o volume total.

Em primeiro lugar em NFTs ficou o mercado OpenSea, na segunda posição ficou a Yuga Labs, por trás da coleção de NFTs Bored Ape. Em terceiro lugar vem Sky Mavis, do Axie Infinity, seguida por Art Blocks e RTFKT (Nike).

Chainalysis lideram entre as plataformas de dados

A próxima categoria do Fortune Crypto 40 é de empresas de dados e análises. Esta categoria visa reconhecer a crescente influência e importância de empresas especializadas na nova ciência de blockchain e pesquisa de tokens. Critérios-chave incluem financiamento levantado, número de funcionários e reputação na mídia.

A líder da categoria é a Chainalysis. Depois vêm Coin Metrics, The Graph, Dune e Messari

Ledger lidera em infraestrutura

A categoria de infraestrutura ranqueia as empresas que realizam grande parte da atividade de construção nos bastidores. As empresas elegíveis devem ser públicas com um valor de mercado de mais de US$ 400 milhões ou privadas e ter levantado pelo menos esse valor. Eles podem incluir empresas de mineração, fabricantes de hardware e empresas de software.

Em primeiro lugar aparece a popular empresa de carteira de cripto Ledger. Em segundo ficou a Genesis Digital Assets, em terceiro a Bitmain, seguida por Alchemy e Moonpay.

Uniswap lidera em DeFi

DeFi é a próxima categoria. A lista em questão reconhece a pessoa jurídica mais próxima de uma rede. Conforme a Fortune, as entidades elegíveis devem ter seu código auditado por uma empresa respeitável, devem operar por meio de uma DAO e devem ter um valor total bloqueado (TVL) de pelo menos US$ 200 milhões e receitas mensais de pelo menos US$ 100.000.

Com isso, a líder do setor, segundo a Fortune, foi a Uniswap Labs. Em segundo lugar ficou a Lido, em terceiro a MakerDAO, em quarto a Aave e em quinto a Curve.

Ethereum supera Bitcoin em protocolos

Por fim, a última categoria é de empresas de blockchain, que reconhece que alguns dos maiores projetos cripto. Considerando que alguns projetos, como o Bitcoin, são descentralizados e não são administrados por uma empresa, a Fortune avaliou laboratórios, fundações, empresas e outras entidades que apoiam as blockchains. As principais métricas incluem, por exemplo, receita do protocolo, volume e atividade recentes e segurança.

A Ethereum Foundation, por trás da blockchain Ethereum, ficou em primeiro lugar, superando o Bitcoin, que aparece na segunda posição. Em terceiro vem a Polygon Labs, em quarto a Solana Foundation e por último a Offchain Labs (Arbitrum).

Metodologia do Fortune Crypto 40

Para avaliar as empresas, a Fortune disse que criou uma metodologia rigorosa que se baseia em dados sempre que possível. A revista afirmou que fez parceria com as principais empresas de análise de cripto e encomendou pesquisas executivas à ResearchScape.

“Nós não estamos divulgando a metodologia completa por motivos competitivos, mas fornecemos uma visão geral ampla de cada categoria e alguns critérios principais. Por fim, qualquer classificação — por mais rigorosa que seja — vai conter um elemento de subjetividade que surge em parte da escolha de critérios relevantes em primeiro lugar”, ponderou a Fortune.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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