A rede Ethereum Classic (ETC) ativou com sucesso seu hard fork chamado de “Agharta” às 03h26 pelo horário de Brasília (6h26 UTC) neste domingo, dia 12 de janeiro. A atualização feita no bloco número 9.573.000 tem o mesmo objetivo do upgrade anterior, o Atlantis, realizado em setembro de 2019, na altura do bloco 8.772.000: aumentar a interoperabilidade do Ethereum Classic com o Ethereum.
De acordo com o site de notícias Coindesk, as atualizações de Constantinopla e São Petersburgo, implantadas em conjunto na rede Ethereum em fevereiro de 2019, serão ativadas sob a Proposta da Melhoria Clássica da Ethereum (ECIP, na sigla em inglês) 1056.
O Ethereum Classic deriva da bifurcação altamente controversa da Ethereum Network em 2016, quando um hacker roubou cerca de 50 milhões de dólares de Ether de um fundo da The DAO, organização autônoma descentralizada baseada na blockchain Ethereum. A Atlantis e Agharta são as medidas tomadas pelo Ethereum Classic para reconstruir os laços entre as duas cadeias, anos depois da bifurcação.
Sobre a hospedagem da rede Ethereum Classic, 75% será de responsabilidade da Parity Technologies, já que o outro grande cliente, Geth Classic foi preterido após o hard fork da Agharta.
De acordo com o diretor executivo da ETC Cooperative, Bob Summerwill, o Ethereum Classic está mostrando sinais de consolidação no que diz respeito aos clientes selecionados de maneira similar ao Ethereum.
Segundo Summerwill, o problema de diversidade de clientes na ETC está na direção oposta da ETH, com a Parity-Ethereum dominando. Enquanto isso, o Geth Classic está sendo descontinuado e não será suportado após a bifurcação. Até o momento, a Ethereum Classic possui 500 clientes, sendo 252 clientes Parity Ethereum, 167 Geth Classic, 80 Multi-Geth e 1 Besu. A expectativa é que os clientes Multi-Geth e Besu preencham a lacuna.
Ao Coindesk, o gerente de lançamento da Parity Technologies e coordenador do hard fork da Ethereum Classic, Afri Schoedon, afirmou que a centralização de clientes é uma pequena preocupação, devido ao estado do Geth Classic e às alternativas disponíveis.
“Com cada fork, você sempre perde alguns nós menos importantes que não são muito bem mantidos. Não nos preocupamos com isso”, disse Schoedon.
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