Foto: Pixabay
A rede Ethereum (ETH) registrou, nos últimos sete dias, mais queima de Ether do que a quantidade emitida. Como resultado, ela registrou sua primeira semana com deflação desde que a EIP-1559 foi implementada em julho.
De acordo com o site Watch the Burn, foram queimados 103.465 ETH nos últimos sete dias, contra 93.571 ETH que foram minerados. Dessa forma, o saldo líquido total foi de 9.894 ETH destruídos, o que corresponde a R$ 249,8 milhões na cotação atual.
Desde que a EIP-1559 foi introduzida, a rede já queimou mais de 703 mil ETH. No total, foram cerca de R$ 16 bilhões retirados do mercado em pouco mais de três meses.
Grande parte da queima de ETH é gerada por projetos que utilizam o Ethereum para operar. Essas queimas são realizadas através das taxas de transação, por exemplo.
Nesse sentido, plataformas como OpenSea e a Tether queimaram grandes quantidades de ETH. Conforme o site TokenView, ambos queimaram 296,6 ETH e 205,19 ETH, respectivamente. Porém, a plataforma de tokens não fungíveis (NFTs) Black in Back Kat realizou a maior queima, “apagando” 1.105 ETH nos últimos sete dias.
Em contrapartida, a recompensa para os mineradores diminuiu drasticamente. Em sete dias, menos de 14 mil ETH foram distribuídos aos mineradores.
Como a mineração irá mudar de Prova de Trabalho (PoW) para Prova de Participação (PoS), os recursos para os mineradores agora serão opcionais, dados em formas de gorjetas.
Nesse sentido, boa parte dos mineradores se opôs à implementação da EIP no início. Foi o caso da Sparkpool, o maior pool de mineração de ETH.
Ainda de acordo com o Watch the Burn, houve uma redução líquida na quantidade de ETH minerados desde julho. Essa porcentagem atingiu mais de 100% na semana, o que, de acordo com o site, consolida o status da ETH como “dinheiro ultraforte”, ou ultra sound money.
Porém, o cômputo geral ainda indica uma emissão de ETH maior do que a queima. Foram queimados 730.659 mil ETH, contra 1.197.613 ETH emitidos. No total, houve um aumento de 466.954 ETH em circulação.
Em suma, a ETH caminha para apresentar momentos de deflação, mas ainda registra aumento líquido em sua oferta. Portanto, a inflação da criptomoeda segue, no médio e longo prazo, uma trajetória positiva e não deflacionária.
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