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Ether perde espaço para stablecoins que dominam a blockchain Ethereum

A empresa de análise de blockchain Messari divulgou um novo relatório que mostra que o Ether, criptomoeda nativa da blockchain Ethereum, não é o ativo mais popular da plataforma e sim as stablecoins. 

De acordo com o estudo publicado nesta quarta-feira, 29 de janeiro, isso vem acontecendo porque temendo a volatilidade das criptomoedas, os usuários estão optando por investir em stablecoins, que possuem garantias fiduciárias como euro ou dólar.

“O Ethereum, o maior contrato inteligente e plataforma DApps em valor de mercado, tornou-se a plataforma dominante para stablecoins devido aos seus robustos recursos de contrato inteligente, e um ecossistema animado de projetos”, diz um trecho do relatório de autoria de Ryan Watkins, pesquisador da Messari.

No gráfico acima é possível perceber que grande parte do aumento na transferência de valores de stablecoins se dá por conta do Tether (USDT), que é emitido no Ethereum desde o final de 2017. No entanto, a emissão da stablecoin lastreada no dólar dos Estados Unidos (e outros ativos) tornou-se parabólica no início de 2019. Isso porque em abril de 2019, houve uma migração em massa do Tether da camada Omni do Bitcoin para o Ethereum.

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Watkins explica que a Tether Limited, emissora da stablecoin, não compartilhou publicamente os motivos para essa mudança, mas acrescenta:

“Independentemente das motivações da Tether Limited, a transição do USDT para o Ethereum é um momento crucial na breve história do Ethereum. A economia do Ethereum agora é dominada por uma transferência de valor de stablecoins.”

Watkins destaca que o Ethereum fornece escassez digital para todos os ativos digitais, funcionando como a blockchain mais segura para liquidar transferências de valor em todos os ativos digitais, exceto Bitcoins, que são liquidados de forma mais segura na própria blockchain.

“É por esses motivos que o Ethereum surgiu como uma câmara de compensação global neutra para todos os ativos digitais, e não é de surpreender que o Tether tenha decidido se mudar em massa para o Ethereum, em vez de uma plataforma de contratas inteligentes concorrente”, observa o autor.

Sobre os benefícios disso para o Ethereum, Watkins explica que a transferência de valor de stablecoins no Ethereum fornece excedente para o ecossistema da blockchain, mas não gera o prêmio monetário para o ETH. Segundo ele, o aumento do USDT no Ethereum não ajuda na valorização do token ETH.

Entretanto, ele ressaltou que os mesmos recursos que dão origem às stablecoins com garantia fiduciária, no Ethereum também fornecem a capacidade para o ETH “defender seu prêmio monetário”.

“O Ethereum fornece, assim, uma segunda solução para a transferência de valores: stablecoins com garantia.”

Leia também: Mais de 200 mil contratos inteligentes estão escritos na blockchain Ethereum

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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