Desde a conversão do GBTC da Grayscale em um fundo negociado em bolsa (ETF) spot de Bitcoin em janeiro deste ano, a empresa enfrentou uma queda significativa em suas reservas de criptomoedas.
De acordo com dados da Coinglass, o GBTC perdeu metade de suas moedas digitais desde então, o que revela que a aprovação dos ETFs pode não ter sido um bom negócio para a empresa que lutou anos pela aprovação do produto.
No início do ano, o GBTC detinha 619.000 BTC, mas agora possui apenas 311.621 BTC. Esta perda de mais de 50% de suas reservas de bitcoin desde o lançamento do ETF é um indicativo do desempenho negativo do fundo. Além disso, o GBTC é o único ETF spot nos Estados Unidos a registrar saídas diárias desde sua listagem nas bolsas de valores.
Uma das razões principais para essa queda acentuada está relacionada às taxas elevadas cobradas pelo GBTC. Com taxas de 1,50%, o GBTC possui uma das taxas mais altas entre os ETFs de Bitcoin nos EUA, enquanto concorrentes como BlackRock (IBIT) e Fidelity (FBTC) possuem taxas de apenas 0,25%.
As retiradas de Bitcoin do GBTC indicam investidores buscando lucros ou migrando para produtos financeiros mais vantajosos. Em março, o CEO da Grayscale, Michael Sonnenshein, anunciou que as taxas do fundo seriam reduzidas em um futuro próximo, em resposta a essas saídas e às mudanças no mercado.
Por outro lado, os ETFs da BlackRock e da Fidelity têm registrado um desempenho mais positivo em termos de participação de mercado de Bitcoin nos EUA. O IBIT já adquiriu 271.000 BTC desde o início das negociações, representando 1,4% do fornecimento total de Bitcoins.
Enquanto isso, o FBTC detém 151.787 BTC. No total, os ETFs combinados nos EUA possuem cerca de 840.000 BTC, aproximadamente 4% do fornecimento total de BTC.
A brasileira Hashdex também possui um ETF spot de Bitcoin aprovado nos EUA, mas suas negociações ainda estão muito abaixo das empresas mencionadas acima.
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