Estudo revela que 62% da rede Bitcoin tem emissão zero de carbono

Uma das principais críticas ao Bitcoin (BTC) é que a criptomoeda consome uma grande quantidade de energia, contribuindo para o aumento das emissões de carbono, devido ao seu processo de mineração que demanda uma grande quantidade de eletricidade.

Contudo, um estudo recente conduzido pela empresa de pesquisa Bitcoin Batcoinz revelou que não é bem assim. De acordo com os dados apresentado pelo estudo, 62% da rede Bitcoin tem emissão zero de carbono. Isso porque o percentual de operadores de mineração que usam fontes de energia negativas em carbono vem crescendo.

Ser uma fonte com carbono negativo significa que ela vai além da neutralidade de carbono. Ou seja, a fonte remove mais quantidade de carbono da atmosfera do que emite, compensando além da quantidade total emitida.

Conforme destacou a empresa, o objetivo do seu levantamento foi quantificar o impacto que a quantidade crescente de mineradores que usam fontes de energia negativas em carbono está causando na rede Bitcoin em geral.

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“A quantidade de fontes de energia negativa de carbono é algo realmente importante para medir. Isso porque nos ajuda a prever quando toda a rede do Bitcoin se tornará uma rede de emissão zero”, disse a empresa.

Fontes negativas em carbono

De acordo com os dados levantados pela Bitcoin Batcoinz, atualmente, 1,74% da rede Bitcoin é alimentada por fontes negativas em carbono. Uma das fontes de maior impacto é o biogás, um biocombustível que é produzido a partir da decomposição de materiais orgânicos (de origem vegetal ou animal).

Segundo a empresa, o setor de mineração de Bitcoin baseado em biogás remove 20 toneladas de emissões de carbono para cada tonelada de carbono emitido.

“Isso significa que 1,74% da rede Bitcoin usando fontes carbono-negativas tem um impacto de menos 4,2% na intensidade de carbono da rede Bitcoin”, pontuou a empresa.

Conforme mostra um diagrama elaborado pela empresa, a rede Bitcoin vem migrando rapidamente de fontes de energia positiva em carbono para fontes neutras e negativas em carbono. Em março de 2021, 59% da rede global de Bitcoin era positiva em carbono. Por outro lado, apenas 41% eram neutra em carbono.

Cerca de um ano depois, em junho de 2022, o percentual de carbono positivo caiu para mais de 20% para um total de 38%. Enquanto isso, o uso de energia livre de carbono atingiu 58%. Já o carbono negativo foi de 4%.

Diagrama das emissões globais da rede Bitcoin em março de 2021 e junho de 2022. Fonte: Batcoinz

“Combinar as porções neutras e negativas de carbono significa que a rede Bitcoin hoje usa 62% de energia de emissão zero”, concluiu a empresa.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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