“Estamos criando uma alternativa global de identificação pessoal”, diz fundador da KYC.Legal

Daniil Rausov, fundador da KYC.Legal, falou em entrevista sobre as semelhanças do seu modelo de negócios e o Uber, além dos procedimentos de verificação de clientes destinados a tornar a vida de todos os participantes do mercado mais fácil.

Criptomoedas Fácil: Para começar, conte-nos sobre a KYC.Legal. O que a torna um produto único no mercado? De que forma ela é conveniente para o cliente?

Daniil Rausov: Em suma, esta é uma maneira simples e rápida de completar os procedimentos de identificação do cliente, que pode ser usada para verificar a identidade do cliente durante diversas operações financeiras (requisitos chamados de “conhecimento de cliente”, KYC na sigla em inglês, que as instituições financeiras usam para identificar e verificar contrapartes antes de iniciar uma transação financeira). Nosso produto é o programa base que possibilita que um cliente insira suas informações detalhadas, enquanto usamos vários métodos automatizados para verificá-las.

CF: Em essência, você está criando um tipo de alternativa global de identificação pessoal?

DR: Sim, é exatamente isso.

CF: Você disse que uma pessoa poderá inserir qualquer informação sobre ela mesma. E se essa informação for falsa? Como você irá verificar isso?

DR: Na segunda etapa do nosso processo de checagem, o cliente é visitado por um agente, que confirma que o cliente foi quem realmente inseriu a informação. O agente verifica se ele ou ela é uma pessoa real e se é a pessoa da fotografia do documento de identificação. Isso nos permite alcançar o maior nível possível de credibilidade e legitimidade para com todas as empresas de todo o mundo.

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CF: Imaginemos uma situação: um agente chega ao seu cliente, examina seu passaporte, mas os documentos fornecidos pela pessoa revelam-se falsos. Como isso pode ser verificado?

DR: Claro que o agente que visitou a pessoa não poderá verificar se os documentos são falsos ou não. Um banco também não pode fazer isso. Esse controle é realizado pela polícia ou pelas agências estatais especializadas autorizadas. No nosso caso, envolvemos todos o serviços disponíveis no mercado atualmente e ajudamos a verificar a informação.

CF: O que uma pessoa precisa fazer para usar seu serviço?

DR: Tudo o que ela precisa fazer é baixar o aplicativo e inserir suas informações. O cadastro consiste em duas partes. A primeira parte é a auto-verificação, em que o usuário insere a sua informação de forma independente. A segunda é uma verificação completa, como uma visita de um agente. Depois de concluir todo o procedimento, o usuário recebe uma notificação de que ele passou pelo nosso procedimento de verificação e essas informações serão aceitas por todas as estruturas com as quais trabalhamos, desde bancos a farmácias, que podem emitir prescrições remotamente para aqueles que receberam nossa verificação. Nós também podemos realizar verificações adicionais.

CF: E quem são esses agentes que realizam os procedimentos de verificação? Como você trabalha com eles?

DR: Não temos funcionários em tempo integral que trabalham como agentes. Eles são apenas pessoas que têm algum tempo livre e que podem ganhar algum dinheiro indo na casa ao lado para verificar um usuário para nós. Nossa empresa acompanha todos os agentes para garantir a confiança no serviço prestado de verificação de clientes.

CF: Então, seu serviço é executado em um modelo de negócios semelhante ao usado pelo uber.

DR: Sua comparação com o Uber é muito adequada. Desde o primeiro dia, nos orientamos no modelo de negócios de táxi do Uber. Criamos um modelo segundo o qual as pessoas comuns podem ganhar algum dinheiro realizando determinadas ações.

CF: Quais informações o cadastro final de uma pessoa irá conter? Claro, existirá a identidade, nome e detalhes do passaporte. Mas o que mais além disso?

DR: Neste momento, acabamos de começar a primeira etapa. Inserimos o nome, sobrenome, cidadania, endereço e a informação do seu próprio documento de identificação. Futuramente iremos apresentar certificados sobre educação e todos os tipos de outros documentos que possam pertencer à essa pessoa.

CF: E sobre o relatório de crédito de alguém?

DR: Estamos preparados para compilar “listas negras” para empresas. Se alguém que passou por nossos procedimentos de verificação, posteriormente, se envolve em problemas, nós poderemos fornecer essas informações para organizações externas. Isso impedirá que essa pessoa use certos serviços.

CF: Será possível, de alguma forma, sair dessa “lista negra”?

DR: De nossa parte, só podemos inserir as informações relevantes de um cliente. Dependerá dos próprios serviços correspondentes a decisão se deverá ou não ser concedido àquela pessoa o acesso aos seus produtos. É o mesmo que passar pelos procedimentos do AML (anti-lavagem de dinheiro): existem níveis aceitáveis e níveis críticos.

CF: O que é preciso fazer para obter a “lista negra”?

DR: Dependerá do que a pessoa faz nos serviços que ele está autorizada a usar através do nosso sistema.

CF: Você rastreia as atividades dos seus clientes de alguma forma?

DR: Essa é a terceira etapa da verificação. Vamos adicionar informações aos dados iniciais de um cliente, e, durante o registro, os serviços poderão ser no que uma pessoa se envolveu. Inclusive, se ele deseja que uma empresa de crédito receba a sua informação pessoal através de nós. Estamos atualmente desenvolvendo esse sistema.

CF: Existe, alternativamente, alguns bônus disponíveis aos seus clientes? Vamos dizer que uma pessoa usou os seus serviços KYC, além de ser um cliente consciente…

DR: Nosso sistema funciona em duas direções. Nós apenas citamos o lado negativo, mas o lado positivo é ainda mais importante. Para organizações financeiras é muito importante que um cliente tenha um registro positivo. Isso dá a ele a chance de receber bônus adicionais em áreas similares.

CF: Os bancos têm um serviço de segurança separado que realiza a verificação do cliente usando um sistema de verificação em vários estágios. Como você planeja verificar a boa fé de seus clientes?

DR: A primeira coisa que fazemos é confirmar a informação inserida por uma pessoa. Nos certificamos de que as informações sejam aceitas pelos bancos de dados que se integraram a nós. Também podemos usar a AML, que mencionei anteriormente, ou algo parecido com um serviço de atendimento seguro para realizar verificações adicionais. Isso aumentará a confiança em nossos usuários verificados.

CF: Imagine outra situação: uma pessoa passou pelo processo de verificação, retirou um empréstimo em um banco e desapareceu. Os representantes das empresas parceiras vêm até você e dizem: “Você verificou essa pessoa e ele desapareceu. Como a encontramos?”. O que você fará neste caso?

DR: Esta situação é semelhante à que já existe e está em operação no mercado bancário. O mecanismo para procurar uma pessoa e mantê-la responsável é o mesmo. O cliente não recebe proteção ao se esconder atrás de nossa aplicação. Nós mantemos informações sobre ele. Nós temos seu nome e sobrenome, informações do banco com o qual ele trabalhou, as informações de cheques adicionais. Quando ele solicitou o serviço de verificação do agente, ele também efetuou um pagamento, o que significa que nós também temos essa informação. Se ocorrer procedimentos judiciais, teremos informações suficientes sobre o cliente para responsabilizá-lo ou para ajudar o banco a investigar a fundo o caso.

CF: Voltando aos serviços de segurança dos bancos, você planeja trabalhar com instituições de crédito comuns em vez de bancos cripto?

DR: Sim. Atualmente estamos negociando sobre a possível integração com um banco bastante grande sediado na Rússia. Gostaríamos de simplificar o procedimento de verificação de seus clientes porque ele se encaixa no mecanismo usado em nosso serviço. Eu acho que os bancos estarão interessados ??em nosso serviço, afinal haverá redução nos custos desse serviço consideravelmente. Por exemplo, eles não precisarão contratar um agente adicional para executar as mesmas funções que as oferecidas por nós.

CF: Então, os usuários economizarão o tempo graças a você e ao seu negócio?

DR: Claro! Afinal é melhor para qualquer serviço aceitar um cliente totalmente verificado, em vez de se ocupar com verificação externa de uma pessoa, o que requer tempo e dinheiro adicionais. Hoje, é muito importante que uma pessoa possa vir e usar imediatamente um serviço, sem esperar semanas ou mesmo meses para executar o acesso. Isso é exatamente o que muitos estão procurando, então estamos tentado projetar tudo para garantir que não haverá atrasos no tempo.

CF: Os princípios KYC são diferentes conforme as regiões ou eles são idênticos?

DR: Cada banco em cada região usa seus próprios critérios e tentamos unificá-los. Fazemos tudo para garantir a maior verificação possível dos usuários, para que eles não só tenham acesso a um banco local e a um serviço local, mas a todas as vantagens desses serviços.

CF: Quais são os mercados-alvo do seu serviço? Você está visando apenas a América ou apenas a Rússia?

DR: Nosso serviço é universal. Nossos advogados foram encarregados de preparar uma solução que permitisse ao usuário trabalhar com serviços em diferentes regiões e em vários países. Graças à análise realizada por nossos advogados, criamos uma solução adequada ao trabalho na maioria dos países desenvolvidos.

CF: Em outras palavras, se eu, digamos, passasse pela verificação na Rússia e depois me mudasse para a América, eu poderia usar o seu serviço também?

DR: Sim, é claro. Ao conceder-lhe acesso ao nosso serviço, confirmamos sua identidade e o fato de seus documentos terem sido devidamente registrados e verificados. Se necessário, podemos realizar verificações adicionais com base em critérios específicos para cada região.

CF: Você vai fazer isso para regiões individuais ou conforme pedido das empresas?

DR: Conforme pedido de empresas específicas. Digamos que existe uma instituição financeira que trabalha com clientes em diferentes regiões e eles possuem certos requisitos para cada região. Usaremos soluções universais que permitem que uma pessoa seja verificada. Mas somente depois que a checagem do AML foi concluído. A solução é integrada com todos os nossos parceiros que usam nosso serviço.

CF: Em quais áreas de negócios você está focando em termos de parceria e uso de seu produto?

DR: Trabalhamos com serviços de corretagem, com organizações de microcrédito e com fundos que trabalham com compradores institucionais de cripto ativos. As negociações também estão em andamento com duas corretoras de criptomoedas. Também começamos a negociar com as empresas atuando como um link entre bancos e corretoras.

CF: Será possível usar KYC.Legal para comprar uma passagem de avião, por exemplo, em um futuro não tão distante?

DR: Eu acho que isso será possível. Essa é uma das nossas áreas de atuação, a compra de ingressos e serviços de seguros. Já estabelecemos relações com várias empresas que atuam nesta área.

CF: Por que você decidiu lançar uma oferta inicial de moeda para o seu projeto e usar o blockchain para sua implementação?

DR: Nossa solução só pode ser implementada se os dados que usamos para verificação não puderem ser hackeados. A Blockchain tornou isso possível. Se não fosse através da blockchain, os dados seriam armazenados em algum servidor, que correria riscos de ser hackeado. Portanto, a confiança nesses dados seria mínima.

CF: O que pode ser usado para pagar seus serviços e como?

DR: Os serviços serão pagos depois que o agente é chamado. O pagamento poderá ser feito através de um cartão bancário comum ou do PayPal. Isso é o que posteriormente será usado para identificar os pagamentos.

CF: Você já tem uma idéia do que você planeja cobrar pelos seus serviços?

DR: Atualmente, o custo do procedimento completo de verificação usando um agente é de US$10 a US$50.

CF: Por que preços tão diversificados? Sobre o que depende?

DR: O custo da visita do agente depende da região. Por exemplo, na Europa Oriental, o custo de um serviço de agente começa em quase US$12, na Ásia e na Índia é um pouco maior, na Rússia é de pouco mais de US$8 e nos EUA, que tem um custo maior da hora de trabalho, o custo pode chegar a US$50.

CF:Retornando ao modelo de negócios do Uber no mercado de produtos e serviços bancários. Quais outros serviços bancários você acha que podem ser terceirizados no futuro?

Aparecerá um enorme número desses serviços, possibilitando que alguém use suas habilidades para usar e trabalhar de forma independente. Este é um mercado enorme, e continua a crescer, e é por isso que tenho certeza de que muitas empresas poderão usar essa solução.

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CriptoFácil

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