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Estagiário larga emprego por day trade e diz fazer R$ 700 mil

Um jovem de 24 anos, morador do Rio de Janeiro decidiu “largar tudo” e virar day trader.

Dayvison Casal integra a lista de novos investidores da bolsa de valores que já possui mais de 3,2 milhões de CPFs cadastrados, número alavancado pela pandemia de coronavírus.

E foi justamente durante a pandemia que o jovem optou por deixar seu estágio e começar a operar na bolsa.

Embora muitos especialistas alertem para os riscos dessa atividade e estudos mostrem que a maioria desses investidores tem prejuízos, Casal parece ser um ponto fora da curva.

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Afinal, o jovem disse que já conseguiu lucrar R$ 700 mil fazendo day trade.

De estagiário a Day Trade

Conforme contou o G1, em matéria publicada nesta quinta-feira (15), Dayvison Casal vivia com a família no bairro KM 32. A região está localizada no limite de Nova Iguaçu, na Baixada, com a Zona Oeste do Rio.

Mas hoje, aluga um apartamento em frente à praia no Recreio e disse ter comprado por R$ 170 mil um Jaguar XE R-Sport. Tudo isso com o dinheiro obtido na compra e venda diária de ações. 

Sair do bairro “distante de tudo”, como chamou, sempre foi sua prioridade. E foi justamente essa distância que fez o jovem repensar sua vida.

Dayvison conta que, após sair do exército, voltou para a faculdade de ciências contábeis e começou a estudar o mercado financeiro.

Em seguida, conseguiu o primeiro estágio no escritório da Universidade de Columbia, no Centro do Rio. 

“Eu conversava muito com os amigos e até com o meu chefe sobre o mercado financeiro. Teve um dia, depois do trabalho, eu operei para ele com day trade. Em dois dias, eu fiz R$ 7 mil. Foi uma loucura. Aquele valor era maior do que o salário do meu chefe. Foi surreal.”

De R$ 20 negativos a R$ 700.000

O alto retorno, combinado com uma segunda-feira de engarrafamento na Av. Brasil, resultou em Dayvison pedindo demissão do estágio e se dedicando em apostar no mercado de ações.

Ele explicou que quando saiu do trabalho tinha uma reserva de R$ 30 mil. Mas, com esse valor, ele investiu em cursos e também perdeu uma parte investindo no mercado.

” Chegou um momento que eu tinha R$ 20 negativo no banco”, contou.

Nesse momento, ele conta que pensou em desistir, mas com uma ajuda de R$ 56.400 de um amigo, o jogo virou.

“Foi isso que me alavancou. Tiveram muitos momentos que eu achei que essa vida não fosse pra mim. Que eu pensei em desistir. (…) É claro que só faz dinheiro quem tem dinheiro. É impossível negar isso, mas o que vai diferenciar é o conhecimento e o gerenciamento que a pessoa vai seguir. Não pode desistir”, disse.

Depois disso, ele conta que o retorno veio muito rápido, chegando a lucrar R$ 150 mil em um só dia. Agora, Dayvison dá aulas sobre o mercado financeiro a interessados de todo o Brasil.

Alerta de Especialistas

Especialistas do mercado como André Pássaro, gerente de acompanhamento de mercado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) alertam para os riscos de day trade.

De acordo com Pássaro, este é um tipo de investimento de alto risco, onde a maioria das pessoas perde dinheiro.

“Esse tipo de resultado muito expressivo não é normal, mas pode ocorrer. É possível, tem traders muito bons no mercado, mas é uma pequena minoria. (…) O que a gente costuma perceber são resultados relativamente equitativos. Ou seja, ele ganha em um dia e perde no outro. Mas ele costuma ganhar pouco e perder mais do que ganha”, explicou Pássaro.

Além disso, Pássaro destacou que os cursos que ensinam a ganhar dinheiro fácil na internet podem ser uma furada. Isso porque, segundo ele, não há jeito fácil de ganhar dinheiro. 

“Não existe uma fórmula pronta e quem tem uma fórmula para ganhar dinheiro não vai compartilhar com você.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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