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Estados Unidos registra primeira falência bancária causada pelo coronavírus

A pandemia de Covid-19 e a crise econômica resultante da doença, que já infectou mais de 1,3 milhão de pessoas, trouxeram sua primeira consequência para o mercado bancário. Nos Estados Unidos, um pequeno banco foi o primeiro a falir em decorrência do surto da doença.

O The First State Bank, localizado no estado da Virgínia Ocidental, entrou em falência na sexta-feira, 03 de abril. A informação foi divulgada pelo portal Infomoney na segunda-feira, 06 de abril, e confirmada nos EUA pelo FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation), órgão regulador do setor bancário.

Problemas antigos

Embora a falência tenha sido desencadeada pela pandemia de Covid-19, o FDIC afirmou que o banco já apresentava problemas desde 2015. Em 2019, a quantidade de ativos em custódia no banco era de apenas US$152 milhões (cerca de R$806 milhões na cotação atual), um valor muito baixo para uma instituição bancária.

Após o pedido de falência, os valores em depósitos detidos pelo The First State (US$139 milhões – cerca de R$737 milhões) foram adquiridos por outro banco, o MVB Bank. O processo de aquisição foi bastante veloz e as quatro agências do The First State foram reabertas como agências do MVB já no sábado, 04 de abril.

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Riscos ao sistema?

Embora o The First State seja um banco de porte muito pequeno em comparação com o sistema norte-americano, uma falência bancária é sempre motivo de preocupação. Basta lembrarmos que o estopim da crise de 2008 foi justamente uma falência bancária – a quebra do Lehmann Brothers, ocorrida em 15 de setembro daquele ano.

A preocupação com a solidez do sistema bancário para sobreviver a tempos de crise é real em todo o mundo. Na Europa, especialmente, o sistema possui fragilidades que podem desencadear problemas caso a pandemia e a paralisação da economia se estendam por mais tempo.

Por outro lado, uma crise bancária sistêmica em uma grande economia global pode ser positiva para o Bitcoin. Como vimos em casos mais localizados (como Grécia, Chipre e Venezuela), o criptoativo tende a ser uma excelente ferramenta de refúgio em casos de crises de confiança no sistema bancário. A falência de um grande banco pode ser o gatilho que o Bitcoin precisa para ter um novo impulso de alta.

Leia também: Boletins da CVM destacam efeitos do coronavírus no mercado

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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