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Estados Unidos: criptomoedas são risco sistêmico para o mercado financeiro

As criptomoedas representam um “risco sistêmico” para o mercado financeiro. Foi o que afirmaram alguns integrantes do Comitê Bancário do Senado em uma audiência realizada nesta terça-feira (27). 

O grupo pressionou um painel de especialistas em criptoativos sobre os eventuais riscos da descentralização dos ativos digitais e as supostas falhas em seus sistemas.

Descentralização das criptomoedas preocupa

Na audiência intitulada “Criptomoedas: para que servem?”, os legisladores demonstraram desconfiança a respeito das moedas digitais como solução para o sistema financeiro.

“Em vez de deixar nosso sistema financeiro aos caprichos de bancos gigantescos, as criptomoedas colocam o sistema aos caprichos de algum grupo sombrio e sem rosto de supercodificadores e mineradores. Isso não soa melhor para mim”, disse a senadora Elizabeth Warren.

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Warren é uma das legisladoras mais céticas com relação ao Bitcoin. Na segunda-feira (26), ela enviou uma carta à secretária do Tesouro, Janet Yellen, pedindo maior regulamentação dos criptoativos.

Na carta, Warren afirmou que a demanda por criptomoedas continua a crescer.  E, à medida que os ativos digitais se integram ao sistema financeiro, os consumidores, o meio ambiente e o próprio sistema financeiro ficam “sob ameaças crescentes”.

Já na audiência desta terça, a senadora afirmou que os sinais de alerta “estão piscando” para as criptomoedas:

“O hype, a volatilidade, as afirmações selvagens que se revelaram falsas. À medida que o mercado de criptomoedas cresce, também crescem os riscos para nossa estabilidade financeira e nossa economia.”

Bitcoin promove marketing “populista falso”, diz senador

Quem também teceu críticas às moedas digitais foi o senador Sherrod Brown, presidente do comitê bancário. De acordo com o senador, os criptoativos e sua promessa de inclusão financeira não passam de marketing “populista falso”.

Além disso, Brown alertou que as criptomoedas podem colocar os consumidores dos EUA em perigo e prejudicar a estabilidade financeira:

“Não há nada de democrático ou transparente em uma rede difusa e obscura de dinheiro online divertido”, disse Brown.

Por outro lado, também teve quem defendesse os ativos digitais. A senadora Cynthia Lummis, por exemplo, destacou que a transparência e o código aberto podem promover a inclusão financeira.

Angela Walch, participante da audiência e professora da Universidade de St. Mary, ponderou que as criptomoedas não são a “salvação da pátria”:

“Criptomoedas compreendidas por lentes realistas não são um cartão milagroso para sair do sistema financeiro. Têm os mesmos problemas. Precisamos reconhecer as concentrações de poder dentro disso e tomar decisões políticas e de risco ponderadas sobre como lidar com esse poder.”

Walch participou do painel ao lado de Jerry Brito, diretor executivo da organização de pesquisa e defesa Coin Center, e Marta Belcher, presidente da Filecoin Foundation.

Para Brito, do Coin Center, os Estados Unidos não deveriam se esquivar das criptomoedas. De acordo com o especialista, o país deveria desenvolver proteções adequadas para os fundos de hedge e outros participantes do mercado.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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