A polícia chinesa realizou uma grande apreensão de criptomoedas oriundas do esquema de pirâmide PlusToken.
O processo ocorreu por meio de um julgamento de 19 de novembro, tornado público na quinta-feira (26). A ação foi julgada pelo Tribunal Popular Intermediário de Jiangsu Yancheng.
O tribunal revelou com detalhes todos os criptoativos apreendidos. O total chega a U$ 4,2 bilhões, ou mais de R$ 22 bilhões na cotação atual. Eis a lista de criptomoedas apreendidas:
A sentença final já foi estabelecida. As criptomoedas apreendidas serão convertidas para o tesouro chinês.
“As moedas digitais apreendidas serão processadas de acordo com as leis e os rendimentos e ganhos serão confiscados ao tesouro nacional”, determinou a sentença
No entanto, o tribunal não afirmou quanto dos criptoativos apreendidos foram ou serão “processados.” Ele também não especificou por meio de qual método eles serão vendidos.
As exchanges e a negociação de Bitcoin são bastante restritas na China, o que pode dificultar o processo. No entanto, esse cenário pode ser modificado em breve.
O caso PlusToken é classificado como a maior pirâmide financeira com criptomoedas do mundo. Ele foi inicialmente julgado em 22 de setembro por um tribunal distrital na cidade de Yancheng.
Na época, jornais informaram que os mentores por trás do esquema enganaram mais de 2 milhões de pessoas. A PlusToken causou prejuízos de mais de 50 bilhões de iuanes.
A título de comparação, isso equivale a R$ 40,5 bilhões na cotação atual. Isso significa que a apreensão recente obteve cerca de 60% do valor total.
Em setembro, seis dos líderes da PlusToken começaram a ser investigados pelo governo chinês. Porém, os detalhes do julgamento inicial não foram divulgados publicamente.
Isso porque vários condenados do caso entraram com recursos em um tribunal de nível superior. Com isso, o caso corria em segredo de justiça.
O Tribunal Popular Intermediário de Yancheng negou os apelos e ficou do lado do tribunal distrital no julgamento final de 19 de novembro e divulgou detalhes relativos ao caso criminal.
De acordo com a última decisão, a operação da PlusToken começou oficialmente em maio de 2018. Eles anunciavam uma plataforma de negociação de criptomoedas que não existia de fato.
Ele prometia aos usuários pagamentos diários atraentes, mas exigia que eles depositassem pelo menos US$ 500 em criptoativos. O valor equivale a cerca de R$ 2.500 na cotação atual.
Entre 6 de abril de 2018 e 27 de junho de 2019, o esquema de pirâmide atraiu mais de 2,6 milhões de membros em 3.293 camadas, disse o tribunal.
Durante este período, o esquema absorveu as seguintes quantidades de criptomoedas:
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