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Especialista lista 4 razões para ascensão das stablecoins em 2020

O diretor de marketing do Factom, Greg Forst, publicou uma lista com quatro motivos para justificar uma possível ascensão das stablecoins em 2020. Aumento de capital institucional, ascensão do ramo de finanças descentralizadas, novidades entre as fintechs e uso de blockchain por bancos centrais foram os pontos apresentados por Forst sobre 2020 ser o ano das stablecoins.

Instituições no setor

Em 2019, a JP Morgan anunciou a criação de uma moeda digital representando uma moeda fiduciária. O impacto da ação é significativo, uma vez que o maior banco dos Estados Unidos anunciou utilizar uma moeda digital para transferir valores de seus clientes institucionais. No mesmo ano, o Facebook anunciou planos para criar uma nova moeda digital e um sistema financeiro, chamado Libra, levando os holofotes novamente para as stablecoins. Conforme as instituições reconhecem os benefícios de um dinheiro digital baseado em blockchain, é possível que a demanda por stablecoins aumente em 2020.

Estes desenvolvimentos marcaram um momento importante para o envolvimento institucional na esfera blockchain, agindo como um episódio para reconhecer o grande potencial desta tecnologia – especialmente no setor financeiro. A necessidade de um dinheiro digital que é móvel, constantemente acessível, instantâneo e de baixo custo se tornou evidente. Um fator particularmente importante para o envolvimento institucional é o conceito de estabilidade. Stablecoins possuem todos os benefícios de outras criptomoedas em termos de segurança, velocidade e custo, segundo Forst.

A diferença, segundo ele, é que stablecoins estão pareadas a ativos mais confiáveis e mais líquidos, com a habilidade de serem negociados por moedas fiduciárias.

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Ascensão das finanças descentralizadas (DeFi)

Pesquisas exibiram que o valor total movimentado no ramo de finanças descentralizadas mais do que dobrou em 2019. O crescimento das DeFi foi constante no ano passado, com avanços mensais em colateralização, volume e empréstimos. Há um sentimento de crescimento sobre a tecnologia descentralizada poder, e dever, ter um papel fundamental nos serviços financeiros adiante. Acredita-se que as stablecoins terão um papel crucial nesse movimento de descentralização.

Atualmente, diversos emissores de stablecoins estão oferecendo produtos descentralizados que lidam com os procedimentos complexos e altas taxas transacionais que impediam a adoção pelo mainstream. Forst cita a PegNet, rede de stablecoins que oferece conversos ilimitadas entre ativos por 10 centavos de dólar estadunidense por troca. A rede por trás da PegNet, Pegged Asset Tokens, fornece um mecanismo para gerenciar pagamentos internacionais que supera os processos lentos e custosos.

Não existem corretores ficando com uma porcentagem do valor, apenas a descentralização total. Enquanto a DeFi continuar crescendo, os benefícios propostos para as stablecoins não devem ser descartados em 2020.

Nova geração de fintechs

A década passada representou um grande avanço para o setor financeiro em termos de tecnologia. Observando apenas a área de investimentos, a escala de crescimento partiu de US$2 bilhões em 2010 para US$50 bilhões em 2018 – e mais de US$30 bilhões em 2019. Juntamente com este crescimento, há um aumento de reconhecimento sobre os serviços financeiros ficarem por muito tempo nas mãos de poucas instituições, fazendo com que os consumidores queiram recuperar o controle de seus dados.

Na Europa, uma norma chamada PSD2 foi implementada para combater o poder dos grandes bancos, erodindo o controle dos mesmos sobre os dados de seus usuários. A PSD2 democratizará os serviços financeiros ao abrir a competição para qualquer um que queira construir sobre novos dados acessíveis.

Oferecendo uma solução de pagamentos descentralizada, stablecoins estão aparecendo e propondo uma forma mais justa para a indústria de pagamentos, focada no usuário. Stablecoins oferecem uma forma mais barata e rápida para pagamentos internacionais. Na atual era de democratização financeira, a PSD2 e o crescimento da indústria de fintechs representam o cenário perfeito para que stablecoins encontrem seu lugar no mundo financeiro em 2020.

Blockchain e bancos centrais

Após o anúncio do projeto Libra do Facebook, diversos bancos centrais anunciaram a exploração de moedas digitais (cuja sigla em inglês é CBDC). Na Europa, o Banco Central Europeu formou uma força-tarefa sobre criptomoedas, cujo objetivo é trabalhar de perto com bancos da “Eurozona” e estudar os benefícios e custos de uma moeda digital para a região.

O banco central da China, chamado Banco Popular da China, tem trabalhado em seu “yuan digital” há anos, e atualmente está testando o criptoativo antes de emiti-lo ao público. No início de agosto de 2019, a Reserva Federal dos Estados Unidos anunciou planos para lançar um serviço de pagamento em tempo real para melhorar a infraestrutura de pagamentos do país, chamada FedNow.

Estes desenvolvimentos sinalizam um entendimento por parte de legisladores e bancos centrais, sobre os processos de liquidez atuais serem lentos, custosos e ineficientes demais. Moedas digitais, em particular stablecoins, podem fornecer a infraestrutura para uma transformação digital dos bancos centrais, oferecendo formas mais baratas, rápidas e seguras de liquidez.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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