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Especialista explica como tokenização melhora a liquidez de um ativo

Para que uma empresa consiga investidores, em regra, ela deve abrir seu capital na bolsa de valores. Contudo, o cenário é chacoalhado quando entra o conceito de tokenização.

Daniel Coquieri, COO da BitcoinTrade, falou recentemente sobre o assunto em um comunicado enviado ao CriptoFácil.

Para ele, os security tokens são uma forma mais segura, eficaz e eficiente para uma empresa “abrir o capital”.

Tokenização auxilia liquidez

Coquieri esclarece inicialmente no comunicado o conceito de token:

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“Token é uma fração digital de um grande investimento. Por meio da tecnologia e da transparência da blockchain, que transforma um ativo ilíquido em um ativo líquido, um token pode ter muitas utilidades para o mercado de capitais.”

Um security token é como uma parte tokenizada da empresa. Coquieri reforça que esse mercado pode ganhar muita força em 2021.

Para ele, tal tecnologia causará um grande impacto ao setor de criptomoedas. Mas não só às criptomoedas, como também trará transformações nos investimentos tradicionais.

Isso porque, para o COO da BitcoinTrade, uma ação tokenizada dá acesso a aplicações que muitos investidores atualmente não têm. A possibilidade de investir com um capital muito menor torna a acessibilidade outra grande característica de um security token.

Coquieri ainda define que a tokenização é a “transformação de um ativo ilíquido em um ativo líquido”. A título de exemplo, ele menciona um prédio onde cada imóvel pode ser fracionado em tokens.

Para ele, esses tokens atingem mais investidores, e não só um comprador. O exemplo serve para ilustrar como um token age como fração digital de um ativo real.

Fim de intermediários

O especialista reforça ainda a remoção da burocracia de intermediários:

“Outro benefício do token digital é, por meio da tecnologia e da transparência do blockchain, conseguir eliminar intermediários dentro de uma operação financeira, usando smart contract para controlar estes investimentos, trazendo mais eficiência para estas transações.”

Com isso, a tokenização capta grande parte dos investidores do varejo ainda “carentes”. Cria-se uma “escada” para ativos maiores, por meio da qual o varejo passa a ter fração de empresas maiores.

Coquieri aponta que ainda existem mais usos da tokenização para o mercado de capitais. Como exemplo, ele retorna ao caso do prédio.

“O melhor momento para investir em uma obra é no terreno, onde as construtoras precisam do dinheiro de fato, para começar a obra. E, atualmente, apenas quem consegue investir pelo alto valor inicial são os bancos ou fundos FIDC. Para as construtoras, não é vantajoso ter um número maior de investidores com investimentos mais baixos, pois isso gera uma dificuldade em administrar a assinatura de contratos, controle dos gastos e mostrar a rentabilidade para fazer os pagamentos aos investidores. E o problema disso é que o ticket do investimento é alto, atingindo apenas grandes investidores.”

Contudo, se a obra é tokenizada, a tecnologia age em favor do negócio. Os tokens da obra são vendidos ao mercado, ou seja, frações dela são oferecidas ao investidor.

O preço de entrada, então, torna-se muito menor. O processo que a construtora passa para captar capital, por consequência, torna-se mais eficiente.

A conclusão, conforme aponta Coquieri, são oportunidades para ambos os lados — por meio de um mecanismo tecnológico que não existe no mercado atual.

Coquieri conclui:

“Assim, como tantos outros exemplos, como a antecipação de recebíveis, construção de indústrias que não existem, tokenização de royalties de uma empresa, de um youtuber, de um cantor, por exemplo.”

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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