Notícias

Especialista em criptografia afirma: “Ethereum é pior do que eu pensei”

Adam Back é doutor em criptografia e inventor do algoritmo usado na mineração do Bitcoin.

Em seu Twitter, Back reagiu a um texto que fala sobre o Ethereum “roubar” a ideia de contratos inteligentes.

Sua reação foi: “parece que o Ethereum é pior do que eu pensei”.

Ethereum roubou contratos inteligentes?

Adam Back é um cypherpunk que, atualmente, é CEO da Blockstream. Ele foi o mais recente candidato a ser o criador do Bitcoin, Satoshi Nakamoto.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Após um usuário publicar no Twitter um texto sobre o Ethereum ter “roubado” a ideia de contratos inteligentes, Back comentou:

“Não tinha lido isso. Parece que o Ethereum é pior do que eu imaginei.”

O texto em questão é uma publicação do Medium feita em 2017, por alguém que se identifica como “O Professor”.

De acordo com o texto, contratos inteligentes foram criados por Nick Szabo em 1996. Sua primeira aplicação famosa foi o Bitcoin, e não o Ethereum – que ganha o maior crédito por isso.

O autor conta que contratos inteligentes já podiam ser personalizados na blockchain do Bitcoin. Ainda segundo ele, contratos inteligentes de BTC podiam criar diversos aplicativos descentralizados (dApps).

Exemplos são dados por “O Professor” do que podia ser feito já na criação do BTC, como contas multi-assinaturas, oráculos, canais de pagamento e negociações de criptomoedas entre blockchains.

Diversas criações, como a exchange descentralizada Bisq, foram criadas a partir de contratos inteligentes de Bitcoin.

Daí a teoria que o Ethereum se apropriou de um conceito que já era amplamente aplicado.

Contudo, alguns usuários discordaram.

Ethereum popularizou contratos inteligentes

O usuário do Twitter que se identifica como Bitcoin Big Bird discordou de Back.

Em seu comentário, ele afirmou:

“Tecnicamente correto.

Mas considere que a Omni [camada de desenvolvimento da blockchain Bitcoin] existia dois anos antes do ETH.

Mesmo assim, ninguém a utilizava.

Temos que falar de efeito da rede. 11 anos depois, ninguém usa contratos inteligentes na rede Bitcoin apesar de ser meia década mais velha do que o Ethereum.

Isso não quer dizer que as coisas não possam mudar, mas…”

Em outras palavras, Big Bird dá a entender que o Ethereum não “roubou” a ideia. O projeto apenas popularizou o conceito, ganhando crédito por isso.

Outro usuário, que se identifica como Satoshi, também discordou. Satoshi demonstrou não gostar do token nativo do Ethereum, o Ether, mas respeita a tecnologia do projeto:

“Você demonstra falta de respeito quando se trata de reconhecer outros projetos em blockchain. Só porque o token é uma m***a não significa que a tecnologia também seja.

E eu não estou falando da publicação atual, mas a sua opinião no geral sobre altcoins.”

No fim, não seria incorreto interpretar o debate como uma oposição de opiniões entre “maximalistas do Bitcoin” e outros entusiastas das criptomoedas.

Leia também: Homem conhecido como “Playboy do Bitcoin” some com dinheiro de criminosos

Leia também: Mike Novogratz recomenda ter menos Bitcoin que ouro

Leia também: Fundos de criptomoedas do Brasil superam Bitcoin com alta de até 85%

Compartilhar
Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

This website uses cookies.