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Envio de Bitcoin para exchanges tem queda histórica, mostra CryptoQuant

O número de Bitcoins enviado para exchanges de criptomoedas registrou a maior queda na história, de acordo com dados da empresa CryptoQuant. Segundo a análise da empresa, as transferências de Bitcoin para endereços associados à exchanges diminuíram de maneira inédita, representando uma queda de 80% desde outubro de 2021 até junho.

Tal queda supera a de 78% observada entre 2017 e 2018. Vale ressaltar que esses dados não levam em conta o número de endereços que foram transferidos para custódia, nem faz distinção entre, por exemplo, atividade de mineração ou venda no varejo.

Esse comportamento dos detentores de BTC pode ser interpretado como um sinal de alta. Afinal, com a redução da pressão de venda, o preço do Bitcoin pode subir.

Geralmente, quando investidores transferem criptoativos para exchanges é com a intenção de vendê-los. Por outro lado, a acumulação desses ativos fora dessas plataformas sugere uma intenção de mantê-los a longo prazo.

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Bitcoin nas exchanges

Além da queda nas transferências de Bitcoin, a CryptoQuant também afirma que há uma queda nas reservas de Bitcoin nas exchanges, e não apenas em novos depósitos.

“Desde março de 2020, as reservas de Bitcoin nas exchanges caíram mais de 30%. Este é outro recorde, tanto em duração quanto em profundidade”, afirma a CryptoQuant.

Este é um fenômeno inédito nos últimos 10 anos. A queda estende-se por mais de 1.200 dias, marcando este como o primeiro período de queda constante na história do Bitcoin nas plataformas de câmbio, conclui a empresa de análise.

A empresa destaca também que, geralmente, quem possui Bitcoin costuma adotar a premissa de “not your keys, not your coins” (se não são suas chaves, não são suas moedas). Isso significa que o dinheiro depositado nas exchanges já não pertence mais ao detentor original, um fato reforçado por casos como a falência da FTX.

A empresa entrou com pedido de recuperação judicial após denúncias de suposto desvio de recursos dos usuários, resultando na impossibilidade de saques para quem tinha dinheiro na plataforma.

A Binance e a Coinbase, por outro lado, foram acusadas pelas autoridades dos EUA de supostas violações das leis federais ao vender certos tokens que a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) qualifica como valor mobiliário. Isso causou temores entre os usuários de um possível congelamento de fundos, mas isso não ocorreu.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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