Economia

Empresas de criptomoedas encontram refúgio nas Bermudas em meio à pressão nos EUA

A crescente pressão regulatória nos Estados Unidos sobre algumas empresas do ecossistema de criptomoedas tem levado essas empresas a buscar novos destinos para se estabelecer. Diante disso, as Bermudas surgem como um alvo claro para essas instituições.

Phil Berg, advogado e chefe do departamento corporativo do escritório de advocacia Otterbourg, vê as Bermudas, no Atlântico Norte, como um “ponto de acesso” para empresas de criptomoedas dos EUA que desejam se mudar.

Em declarações a um veículo de comunicação dos EUA, o advogado indicou que, com a recente autorização concedida à Coinbase nas Bermudas, outras empresas que desejem seguir esse caminho “podem testar as águas”.

Empresas de criptomoedas se voltam para Bermudas

A Coinbase, segunda maior exchange de criptomoedas em volume de negociações, recebeu a aprovação para obter a licença regulatória emitida pela Autoridade Monetária das Bermudas. Dessa forma, a empresa oficializou o lançamento de uma nova exchange internacional de criptomoedas.

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“As Bermudas serão um ponto de acesso para as empresas que optarem por se mudar”, enfatizou Berg.

Ele acrescentou que a “punição” regulatória nos Estados Unidos tornou a busca por um local com regras mais favoráveis ​​mais necessária para as empresas do setor de criptomoedas. E Berg sugere que as Bermudas podem acolher essas empresas.

No entanto, ele esclareceu que o espaço geográfico limitado da ilha pode representar um desafio para a migração de empresas. O arquipélago tem uma área de apenas 53,2 quilômetros quadrados e uma população de cerca de 70 mil pessoas.

Berg acredita que nem todo o setor de criptomoedas baseado nos EUA será capaz de se mudar para essa única jurisdição, embora ela pareça ter um regime regulatório mais amigável para ativos digitais.

O regime da região estabelece a concessão de licenças para empresas que emitem, vendem ou trocam ativos digitais. Além disso, permite que as empresas atuem como provedoras de serviços de criptomoedas, como gateways de pagamento ou exchanges.

Dentro desse regime de licenciamento, já existem várias empresas do setor, além da Coinbase. A primeira delas é a Circle, a empresa emissora da stablecoin USD Coin (USDC), que recebeu autorização para operar nas Bermudas em 2019.

Também se destaca a empresa Block, do ex-CEO do Twitter, Jack Dorsey, e sua subsidiária Cash App. Ambas as empresas receberam licenças para iniciar operações na ilha em 27 de fevereiro de 2023.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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