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Empresário brasileiro destaca o potencial da blockchain como instrumento de transformação social

Henrique Bussacos, empresário brasileiro e co-fundador do Impact Hub São Paulo, destacou, em um artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, como a tecnologia blockchain vai muito além das transações financeiras e tem um potencial único para gerar impacto socioambiental.

Refletindo sobre um estudo do uso de blockchain produzido pelo Center for Social Innovation da Stanford Business School, em parceria com a Ripple Works, Bussacos destaca que no Impact Hub muitas iniciativa já utilizam blockchain para viabilizar inúmeros projetos e cita o evento Hack4Climate, ocasião em que a tecnologia foi amplamente explorada para revolucionar o combate às mudanças climáticas.

Segundo Bussacos, o potencial de impacto socioambiental da blockchain concentra-se em quatro atributos:

Transparência, todos podem verificar um histórico de transações em tempo real;

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Imutabilidade: ninguém consegue alterar o histórico de transações sem alertar toda a rede;

Redução de riscos: as pessoas podem transferir recursos entre elas com baixo risco e sem intermediários;

Prova de Identidade: é possível registrar as pessoas com segurança e baixo custo.

“Milhares de pequenos agricultores produzem mais de 80% do café consumido no mundo, muitos deles ganham menos de US$2 (cerca de R$7,83) por dia. A maioria deles ganha pela quantidade produzida e a qualidade não é valorizada como deveria. Ao mesmo tempo, os consumidores estão demandando cada vez mais qualidade do café, têm grande interesse de conhecer a origem do café que consomem e valorizam práticas justas na cadeia produtiva. Atentos a essas tendências, a empresa Bext360 desenvolveu um sistema que combina inteligência artificial e machine learning com blockchain para fomentar uma cadeia produtiva do café mais transparente e sustentável. O sistema da Bext360 pesa, analisa e precifica o café na origem e oferece um valor justo para os agricultores que é pago digitalmente e contratado por meio de um contrato inteligente utilizando blockchain. A partir daí todo o processo de exportação, torra e venda no varejo fica registrado no blockchain. Essas informações ficam disponíveis para o consumidor final que saberá exatamente a origem e o processo do produto que está adquirindo” citou Henrique como exemplo de transformação social promovida pela tecnologia blockchain.”

Outro exemplo citado pelo executivo foi a SOLshare, uma startup indiana que utilizou a tecnologia blockchain em Bangladesh para que qualquer pessoa possa ter um sistema de geração, compra e venda de energia com outras pessoas sem depender de grandes empresas.

“As pessoas podem comprar energia pagando com tokens por SMS. O financiamento do investimento inicial também pode ser feito em 24 meses utilizando o blockchain para o registro dessa transação financeira. Esse processo democratiza o acesso a energia limpa e possibilita uma nova fonte de receita para muitas famílias”, completa.

Bussacos também cita que para que todo o potencial da blockchain seja explorado é preciso que haja uma colaboração em larga escala entre startups, governo, organizações sociais e grandes empresas, assim como o Criptomoedas Fácil tem relatado durante sua Missão pela Europa, evento que já ocorre em países como Estônia e Suíça.

“Para fazer uma aplicação eficiente dessa tecnologia é fundamental entender o problema a ser solucionado e como a blockchain pode ser aplicada nessa solução. Essa tecnologia promove a confiança entre as partes, reduz custos de transação e aumenta a segurança. No entanto, é fundamental que o usuário/beneficiário esteja no centro da solução que está sendo desenvolvida e que a tecnologia esteja a serviço das pessoas e do impacto social que se quer atingir”, conclui Bussacos.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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