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Empresa que prometia lucro de 100% com Bitcoin pagará R$ 1 milhão para cobrir danos

A empresa Bitcompras Serviços Digitais Eireli, com sede em Natal, no Rio Grande do Norte (RN), firmou um acordo com o Ministério Público do RN (MPRN) por meio do qual se comprometeu a pagar R$ 1 milhão a vítimas de seu suposto esquema que utilizava o nome do Bitcoin.

De acordo com uma nota do MPRN, a empresa prometia aos investidores um lucro de 100% a partir de supostos investimentos em Bitcoin (BTC). Contudo, segundo o órgão, o proprietário da empresa confessou fatos que se adéquam ao crime de estelionato, que as autoridades apuraram em um inquérito policial.

Bitcompras pagará R$ 1 milhão para cobrir danos

Segundo dados cadastrais do CNPJ da empresa, a Bitcompras foi aberta em 2017 com um Capital Social de R$ 100.000. Hoje, a empresa está “inapta”.

No acordo, o dono da Bitcompras se comprometeu a pagar a prestação pecuniária (pagamento em dinheiro à vítima) em dez parcelas mensais. Ele já quitou a primeira parcela, de acordo com o MPRN.

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“A empresa Bitcompras Serviços Digitais Eireli foi objeto de investigação do MPRN com início em 2018, instaurada, inicialmente, para apurar possível ocorrência de crime contra a economia popular, tendo em vista a divulgação, por meio da internet, de promessa de lucros de 100% do investimento em compra de moeda virtual ‘Bitcoin’. Diversas pessoas teriam sido prejudicadas”, disse o MPRN.

Na negociação, o MPRN e a Bitcompras concordaram que parte do pagamento irá para uma entidade pública ou de interesse social, ou a um órgão de segurança pública da Comarca de Canguaretama, cidade do RN. O juízo da execução indicará a entidade que, de preferência, tenha como função proteger bens jurídicos. Ao todo, essa entidade receberá R$ 400 mil, referente às quatro primeiras parcelas do acordo.

R$ 600 mil para pagar eventuais vítimas da Bitcompras

Os R$ 600 mil restantes vão para o pagamento de eventuais vítimas da Bitcompras. No caso, o Juízo de Canguaretama deverá deliberar sobre a habilitação, o rateio, a ordem de pagamento e o pagamento de credores. Terão preferência no pagamento eventuais credores que morem em Canguaretama.

Conforme destacou o MPRN, o acordo de não persecução penal, firmado com a Bitcompras, visa agilizar a resolução de casos criminais em casos de crimes que não envolvam violência ou grave ameaça e que tenham previsão de pena mínima inferior a quatro anos.

Por fim, o MP deixou claro que o acordo em questão não impede a instauração e/ou prosseguimento de outras investigações criminais e/ou ações civis/criminais.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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