O Diário de Justiça de São Paulo (DJSP) publicou no dia 27 de fevereiro sobre um pedido de tutela de urgência para bloquear bens da empresa Yat Solutions. De acordo com o pedido, os rendimentos prometidos pela empresa por meio de um suposto investimento em Bitcoin deixaram de ser pagos ao autor da ação desde novembro de 2019.
A empresa foi promovida por homem que foi líder de uma empresa que apresentou o mesmo problema, a AirBit Club.
Conforme noticiado pelo The Intercept em maio de 2019, a suposta pirâmide financeira AirBit Club, que foi investigada pelo Ministério Público de São Paulo, tinha como um de seus líderes e principais proponentes Gabriel Reis.
Reis, que tem envolvimento com a Igreja Universal e segundo a reportagem do The Intercept ajudou a promover a AirBit Club em uma célula da igreja, divulgou a Yat Solutions por meio de suas redes sociais no fim de 2018.
Segundo um pedido de tutela antecipada ajuizada por dois investidores lesados, a Yat Solutions não está pagando os rendimentos prometidos. Ele afirmam:
“Segundo consta, os requerentes vinham retirando os rendimentos do seu capital investido, mês a mês, porém, desde novembro/19, os réus pararam de pagar os rendimentos. Temem ter sido vítima de golpe orquestrado pelos requeridos, a exemplo do que vem ocorrendo com outras empresas do mesmo ramo, razão pela qual pretendem, em caráter de urgência, medidas de arresto.”
A juíza da 12ª Vara Cível do Foro de Santos não deferiu o pedido de bloqueio requerido pelos investidores, afirmando que o mesmo se pauta apenas sobre um “temor subjetivo” de que a Yat Solutions estaria aplicando golpe.
A empresa não atualiza seu perfil no Facebook desde novembro de 2018, e seu site atualmente está fora do ar. Mesmo assim, a magistrada entendeu não ser cabível o pedido dos investidores, que deverão aguardar o desenrolar do processo até que alguma decisão se dê sobre seus bens.
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