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Empresa lança álbum de figurinhas da Copa do Mundo em blockchain

Daqui há exatamente 10 dias será iniciada Copa do Mundo, o maior torneio de futebol do planeta, que movimenta milhões de pessoas em todos os países do globo – e milhões de colecionadores também.

Todos os anos é lançada uma versão do álbum de figurinhas oficial do torneio. O álbum traz figurinhas de todos os jogadores das 32 seleções que participam do torneio, além de figurinhas dos estádios e dos escudos oficiais de cada confederação. E isso movimenta a atenção de colecionadores, que passam a buscar a sonhada meta de completar o seu álbum, o que faz com que surja um novo mercado de troca de figurinhas repetidas.

Em todo o Brasil, pessoas se reúnem em bares, shoppings, casas ou até mesmo na rua, levando pacotes com diversas figurinhas para ser trocadas. Pensando no alcance deste mercado – e na proximidade da abertura da Copa – uma empresa norte-americana chamada CryptoStrikers resolveu levar o hype do tradicional segmento de coleção de figurinhas para a tecnologia blockchain.

Velho hábito, nova tecnologia

A união entre o velho hábito de colecionar coisas com a novidade que a tecnologia blockchain proporciona explodiu no final do ano passado, após a criação do jogo Cryptokitties, que permitia aos usuários colecionar gatos exclusivos no formato de tamagoshi. O jogo fez tanto sucesso que simplesmente derrubou a blockchain do Ethereum por alguns momentos.

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Esse hype causado pelos gatinhos da rede Ethereum foi uma das inspirações que levou Benn Gutton e Giani Settino a criarem o CryptoStrikers, trazendo para a blockchain as famosas figurinhas da Copa.

“Na mesma época que o CryptoKitties foi lançado, já vínhamos discutindo várias ideias de aplicativos semelhantes. Foi então que percebemos que utilizar a blockchain para criar uma  experiência parecida à oferecida aos colecionadores de figurinhas tradicionais (como as da Panini) seria um projeto interessante e que poderíamos desenvolver rapidamente.”

De maneira simples, o jogo permite a coleção de dois tipos de figurinhas: as “originais” e as “ícones”. Assim como os gatinhos, as figurinhas também serão escassas. São 100 figurinhas “originais” – com um mínimo de dois e um máximo de oito jogadores de cada uma das equipes participantes da Copa do Mundo.

Além disso, o jogo também possui 32 figurinhas “ícones” – que possuem uma aparência e acabamento diferentes das “originais”. Os usuários poderão comprar pacotes com quatro figurinhas no site oficial e também utilizar o mercado descentralizado para comprar, vender e trocar figurinhas. Para os usuários que completarem seus “álbuns”, serão oferecidos prêmios originais.

O CryptoStrikers vai permitir que usuários utilizem links para divulgar ofertas de figurinhas disponíveis para venda ou troca. Essas ofertas poderão ser compartilhadas com amigos (via email, SMS ou aplicativos como Whatsapp e Facebook) ou por meio de outras redes sociais. As trocas também poderão ser realizadas pelo site.

Além disso, será lançado um grupo no aplicativo Discord, onde colecionadores poderão criar tópicos sobre compra, venda e troca de figurinhas. Como cada figura é um token ERC 721, qualquer membro da comunidade pode criar um aplicativo descentralizado e desenvolver seu próprio grupo de trocas de figurinhas na plataforma Ethereum.

Tecnologia e detalhes

A plataforma de lançamento do jogo será baseada no Ethereum. O jogo será lançado no formato de token ERC 721, formato que, segundo Benn e Giani, facilita a criação de ativos digitais.

Cada uma das figurinhas digitais são únicas em vários sentidos. Por exemplo, cada figurinha do Neymar terá um histórico de propriedade e número de série diferentes, os quais são distintos de qualquer outra figurinha do mesmo jogador. Isso é o oposto dos bens considerados “fungíveis”, ou seja, que são idênticos uns aos outros e podem ser facilmente substituídos por outros do mesmo tipo, quantidade e qualidade. Embora sejam figurinhas dos mesmos jogadores (no caso, Neymar), cada uma delas possui dados e história própria.

As figurinhas de jogadores são divididas em cinco níveis diferentes:

  • Iconics (24 players): 100 figurinhas cada um
  • Diamond (4 players): 1000 figurinhas cada um
  • Gold (16 players): 1664 figurinhas cada um
  • Silver (30 players): 3328 figurinhas cada um
  • Bronze (50 players): 4352 figurinhas cada um

Quanto aos valores, o preço de cada pacote de figurinhas será tabelado em Ethers (ETH). O pacote básico (quatro figurinhas Originais)  custará o equivalente a US$15 em ETH. Já o pacote premium (três figurinhas Originais + 20% de chance de receber uma figurinha Ícone) custará o equivalente a US$30 em ETH. Os usuários que desejarem vender suas figurinhas na plataforma serão livres para estipular os preços.

A lista completa dos jogadores será divulgada no site da empresa.

Lançamento e expectativas

O CryptoStrikers tem previsão de lançamento uma semana antes do início da Copa do Mundo (o torneio terá o jogo de abertura em 14 de junho). As vendas dos pacotes de figurinhas irão durar até a data da final do torneio, sendo que os usuários terão alguns dias após a final para completar as coleções e retirar os prêmios.

Após esse prazo, o site continuará aberto para facilitar a compra e venda de figurinhas avulsas. Os criadores mostraram-se bastante entusiasmados e ansiosos com a ideia e com a possível reação das pessoas ao jogo.

“Estamos muito empolgados para descobrir como a comunidade vai reagir ao Cryptostrikers. Nossos ilustradores fizeram um trabalho sensacional com as figurinhas dos jogadores. O aplicativo utiliza tecnologia inovadora, com contratos inteligentes regendo todas as principais interações. Nosso desejo é que o aplicativo sirva para reunir colecionadores de figurinhas e permitir que experimentem o verdadeiro significado da chamada propriedade digital em um ecossistema global descentralizado”, afirmaram Gianni e Benn, ambos com bastante experiência da indústria de esportes e jogos.

Resta ver se, em ano de Copa do Mundo, a tecnologia mais uma vez irá prevalecer sobre o meio físico em uma das tradições mais sólidas do entretenimento mundial.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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